
Mindelo, 29 Dez (Inforpress) – O ano de 2025 foi marcado por “dificuldades profundas” que “não podem ser ignoradas”, declarou hoje, no Mindelo, o presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição), que pediu que 2026 seja diferente.
João Santos Luís, que falava em conferência de imprensa para balanço do ano que agora finda, apontou “diversos aspectos negativos” entre estes “o aumento da dívida pública, aumento do custo de vida, política fiscal e desemprego jovem”.
Conforme a mesma fonte, o crescimento económico anunciado pelo Governo “não se traduziu em melhoria concreta das condições de vida” para milhares de cabo- verdianos e constatou-se, asseverou, uma “instrumentalização do Estado, sem quaisquer medidas de responsabilização”.
Ao enumerar outros desafios, incluindo os fenómenos climáticos que atingiram algumas ilhas em 2025, João Santos Luís afirmou ser preciso que 2026 não seja “apenas mais um ano de promessas repetidas e nem de promessas ilusórias”.
“Deve ser um ano de mudança responsável, de correção de rumos e de reforço da coesão nacional”, sustentou o líder da UCID, para quem o país precisa de um crescimento económico que crie “emprego digno, de uma economia mais diversificada e resiliente”.
A mesma fonte lembrou as eleições legislativas do próximo ano e daí, sublinhou, a UCID acredita que 2026 deve ser o ano da escolha consciente entre “continuar numa rota que aprofunda desigualdades, ou construir um Cabo Verde mais justo, mais equilibrado, mais solidário e com futuro e felicidade para todos os cabo-verdianos”.
Questionado se tal mudança passaria pelo seu partido ser Governo, João Santos Luís não admitiu e nem refutou, mas voltou a colocar a tónica sobre a necessidade de equilíbrio.
“Em 2026 vamos todos escolher o equilíbrio, para proteger a nossa democracia e garantir um amanhã mais justo para todos os cabo-verdianos”, concluiu.
LN/AA
Inforpress/Fim
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