XIII Convenção do MpD arranca sob o signo da revisão dos estatutos

Cidade da Praia, 25 Mai. (Inforpress) – A XIII Convenção Nacional (MpD), a primeira pós-processo eleitoral que reelegeu Ulisses Correia e Silva como o presidente do partido que suporta a governação, arrancou esta noite na Assembleia Nacional, com a revisão dos Estatutos no centro das atenções.

Sob o lema “Pelo MpD, pelo país”, o presidente do Movimento para Democracia (MpD) avançou à imprensa que a revisão dos estatutos vai criar mecanismo do reforço da organização desta força política a diversos níveis, designadamente local, regional e da diáspora, bem como reforçar a organização do partido enquanto sistema.

“Os estatutos introduzem mecanismos e propostas inovadoras. A Moção de Estratégia é também uma moção orientada para o MpD, sintonizada com os grandes momentos que nós estamos a viver hoje no mundo. O mundo não é igual hoje como na década de 90, nem Cabo Verde é igual. O mundo não é igual à década de 2000, pelo menos nos seus princípios e Cabo Verde também não o é”, vincou.

Nesta perspectiva, afiançou que “o partido tem que estar sintonizado com estas mudanças”, numa sociedade que considera estar muito mais exigente e que escrutina os políticos diariamente, ressaltando que o fenómeno das redes sociais introduziu questões positivas, a par de muitas negativas, a ponto da manipulação das informações tornar-se incontrolável.

Para isto, disse ser importante saber-se comunicar neste “ambiente, também tóxico”, afirmando, entretanto, que as redes sociais têm a vantagem de colocar todos os sistemas e actores em comunicação alargada, abrangente e, acima de tudo, desafiante, por força de uma sociedade mais exigente, aliada à expectativa dos jovens e de uma diáspora cada vez mais implicada na sociedade.

Por tudo isto, considerou Ulisses Correia e Silva, também primeiro-ministro, que “os partidos políticos têm que se adaptar a este novo contexto para estar à altura, considerando importante que o MpD esteja, cada vez mais, aberto à sociedade e na liderança dos processos de transformação do país e integrar às vontades.

Correia e Silva fez questão de frisar que o MpD, enquanto força política que suporta o poder, não confunde o partido com Estado, mas que a própria governação, os autarcas e o partido “têm de estar sintonizados com as exigências do momento actual, para serem mais úteis no serviço prestado ao país”.

O líder dos “ventoinhas” manifestou a sua expectativa em como o MpD saia mais forte e coeso, considerando que o partido que lidera chegou a esta convenção depois de um processo de democracia interna muito forte para a eleição do presidente e dos delegados.

SR/JMV
Inforpress/Fim

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