Pedra Badejo, 26 Set (Inforpress) – Quinze mulheres de Santa Cruz recém-formadas em corte e costura e membros da cooperativa inaugurada hoje veem na costura uma oportunidade de obter rendimento e realizar o sonho de empoderamento.

Num contexto em que a maioria é composta por donas de casa, celebram hoje um marco importante nas suas vidas com a inauguração da cooperativa de Corte e Costura local.

Dina Tavares, uma das recém-formadas, é mãe de três filhos e descreve-se como uma "simples dona de casa" que, ao ouvir falar do curso de costura, não pensou duas vezes antes de se inscrever.

Hoje, ao lado das suas colegas, Dina celebra a oportunidade de aprender uma profissão e de poder contribuir para o sustento da sua família.

“Sonho em ter o meu próprio atelier”, afirma, mostrando que a iniciativa vai muito além do que apenas um diploma, mas sim “o começo de um novo percurso”.

O mesmo sentimento de gratidão e ambição é partilhado por Francisca Semedo, que, desde 2005, vem tentando, sem sucesso, entrar na área de corte e costura.

Agora, com a formação concluída, sente-se preparada para finalmente transformar o seu talento em uma actividade geradora de rendimento. “Pretendo aplicar todo o conhecimento adquirido e ajudar a cooperativa a crescer com o apoio dos parceiros”, destaca.

No evento de inauguração, o ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, salientou que este projecto está em consonância com a visão do Governo de Cabo Verde para promover a igualdade de oportunidades e garantir que todos os cidadãos tenham uma base sólida para alcançar a autonomia económica e uma vida digna.

E segundo o governante, este projecto, coordenado pelo Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG) e financiado pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), capacitou essas mulheres para que possam integrar-se no mercado de trabalho e gerar rendimento através da sua produção.

Por seu turno, a presidente do ICIEG, Marisa Carvalho, destacou o papel essencial dos parceiros no sucesso desta iniciativa e reafirmou o compromisso de monitorar o desenvolvimento da cooperativa durante os primeiros seis meses, assegurando que as formandas apliquem efectivamente os conhecimentos adquiridos.

Já a vereadora para o Desenvolvimento Económico e Social da Câmara Municipal de Santa Cruz, Jamira Duarte, reforçou que a autarquia continuará a apoiar o projeto, garantindo a sua sustentabilidade e crescimento para que as mulheres possam alcançar independência económica a longo prazo.

O atelier de corte e costura, integrado no projecto “Promover o Empoderamento Económico das Mulheres/Autonomia”, é muito mais do que um simples espaço de trabalho.

Para estas 15 mulheres, “é a concretização de um sonho e o início de um percurso rumo à independência económica e à realização pessoal”.

MC/JMV

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