Cidade da Praia, 06 Set (Inforpress) – O presidente da VINCI Airports, Nicolas Notebaert, prometeu hoje melhorar a segurança e qualidade dos serviços prestados nos aeroportos em Cabo Verde e aproveitar a rede de conhecimento e as competências aeroportuárias.
Nicolas Notebaert deu essa garantia durante uma conferência de imprensa, esta tarde, no aeroporto Internacional Nelson Mandela na Praia, sobre o contrato de concessão do serviço público aeroportuário ao grupo Vinci para os próximos 40 anos, tendo assegurado que a Vinci Airports está engajada e comprometida em desenvolver este projecto.
“Começámos as concessões aeroportuárias do Aeroporto Vinci há mais de 25 anos, o nosso investimento nos aeroportos, a capacidade de desenvolver tanto o tráfego como o turismo e a economia é o compromisso que assumimos no mundo lusófono, primeiro em Portugal e depois no Brasil, que convenceu as autoridades cabo-verdianas a confiar em nós para desenvolvermos aqui a mesma lógica”, disse.
A ideia, segundo o presidente, é melhorar a segurança, a qualidade do serviço e aproveitar a rede de conhecimento aeroportuário e das companhias aéreas, as competências aeroportuárias e o conhecimento da empresa para contribuir para o desenvolvimento do turismo e, de forma mais ampla, para o desenvolvimento de Cabo Verde e da sua juventude.
Segundo explicou, o projecto prevê a gestão por 40 anos dos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos num investimento de cerca de 80 milhões de euros.
Nicolas Notebaert, que é também presidente executivo (CEO) da francesa VINCI Concessions, elencou que o projecto prevê investimentos a nível da segurança que, segundo o mesmo, é muito importante para o tráfego, melhoria ambiental, em particular no tratamento da água para obter energia verde.
O projecto prevê melhoria da qualidade do serviço nos aeroportos, tanto em termos de fluidez dos passageiros, mas também em termos de tecnologia e bom funcionamento dos serviços informáticos e uma vertente ambiental com produção de energia eólica na ilha do Sal e fotovoltaicas em Santiago e Boa Vista.
“Os profissionais cabo-verdianos nos aeroportos são grandes profissionais e vão participar da rede VINCI Airports, que é uma rede de competências profissionais, nomeadamente em termos de formação, de método de contrato com empresas, método de controlo biométrico, permitindo o fluxo do tráfego e de método também de segurança”, apontou.
Por outro lado, adiantou que serão ainda necessárias obras para completar os sistemas de pistas, aeronáutico e terminais, mas também o sistema de formação e de confiança que permita aos trabalhadores cabo-verdianos e à equipa que irá juntar-se à empresa, dar o seu melhor e melhorar o nível de profissionalismo.
Nicolas Notebaert explicou que a VINCI Airports interessou-se por Cabo Verde tendo em conta que é um País que depende do turismo, com Estado de Direito Democrático, com estabilidade jurídica e política e tem todos os valores para fazer uma concessão a longo prazo.
As obras ficarão a cargo das empresas portuguesas Teixeira Duarte e Alves Ribeiro.
A primeira parcela, cerca de 35 milhões de euros, já foi paga e os restantes 45 milhões de euros serão pagos dentro de meses.
O grupo Vinci terá ainda de pagar anualmente uma percentagem das receitas brutas ao Estado de Cabo Verde, de 2,5% de 2022 a 2041, de 3,5% de 2042 a 2051 e de 7% de 2052 a 2061.
A concessão prevê também um investimento por parte do grupo Vinci nos aeroportos e aeródromos de Cabo Verde, ao longo dos 40 anos da mesma, de 619 milhões de euros, dos quais 281 milhões de euros para a ampliação das infra-estruturas portuárias e os restantes 338 milhões de euros para manutenção pesada.
O contrato de concessão prevê igualmente a integração de até 382 dos actuais cerca de 500 trabalhadores da empresa estatal Aeroportos e Segurança Aérea (ASA).
AV/HF
Inforpress/Fim