Vice-primeiro-ministro pede atenção dos gestores públicos para a gestão das mudanças

Cidade da Praia, 29 Ago (Inforpress) – O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, alertou hoje os gestores públicos para a gestão das mudanças, salientando que de nada vai valer as plataformas digitais e as legislações se não houver mudanças de atitudes e comportamentos.

Olavo Correia falava na cerimónia de lançamento da Plataforma M&E para a monitorização e avaliação das políticas públicas em Cabo Verde no âmbito da implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) 2022-2026.

“A gestão das mudanças não tem a ver apenas com a criação das plataformas digitais ou a criação do quadro legal. São importantes ferramentas para lá chegarmos, mas a gestão das mudanças tem a ver com as nossas atitudes, com os nossos comportamentos e o reconhecimento de que a mudança que estamos a fazer para o desconhecido é uma mudança que vale a pena”, sustentou.

O governante frisou que por vezes as pessoas posicionam-se contra as mudanças não por serem contra, mas porque não entenderam a razão dessa mudança. Daí a necessidade também de cuidar dos recursos humanos.

“A falha que muitas vezes cometemos na gestão dos recursos humanos na máquina pública quanto às mudanças é que nós introduzimos um quadro legal, desenvolvemos as plataformas digitais, mas depois não cuidamos da gestão dos recursos humanos. Aí vamos ter as plataformas e as pessoas não utilizam, não metem informações e isso não vai ter utilidade nenhuma”, sustentou.

Por isso, o governante pede atenção à gestão das mudanças para que as instituições sejam mais fortes, mais transparentes, com metas, objectivos e planos, com ‘accountability’ e com métricas que qualquer um possa avaliar o seu desempenho para que os resultados possam aparecer.

Olavo Correia, realçou ainda a necessidade de se ter em Cabo Verde uma máquina pública com interoperabilidade tecnológica e humana.

“Para que o Governo possa produzir resultados nós temos que trabalhar numa lógica de equipa, enquanto conjunto, e não numa lógica apenas de um ministério ou de um sector ou de uma direcção-geral. Muitas vezes sentamos em cima do nosso poder individual, da nossa estrutura e muitas vezes esquecemos que os resultados só aparecem se trabalharmos numa lógica de interoperabilidade enquanto conjunto”, alertou.

No desenvolvimento dessa plataforma M&E para a monitorização e avaliação das políticas públicas implementadas em Cabo Verde no âmbito do PEDS 2022-2026, lançada hoje na cidade da Praia, Cabo Verde contou com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Banco Mundial.

MJB/CP

Inforpress/fim

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