Calheta, São Miguel, 06 Jan (Inforpress) – O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, anunciou hoje, na Calheta, São Miguel, no interior de Santiago, que este ano, cerca de 12 mil jovens a nível nacional vão ter acesso à formação profissional.
O titular da pasta das Finanças e do Fomento Empresarial fez este anúncio em declarações à imprensa, momentos antes de presidir ao acto de apresentação dos resultados de políticas de emprego implementado no município de São Miguel.
“Estamos a investir fortemente na formação profissional, e nós queremos garantir que cerca de 12 mil jovens cabo-verdianos este ano possam ter acesso à formação profissional, e queremos que São Miguel participe neste processo e está a participar com resultados concretos”, revelou o também ministro da Economia Digital.
“E nós queremos também que no futuro possamos massificar [a formação profissional], permitindo que todos os jovens de Cabo Verde e de São Miguel querendo e que tenham talento e querem abraçar a formação profissional, possam ter acesso”, reforçou Olavo Correia.
Questionado sobre o número de jovens micaelenses que vão ser contemplados com formação profissional em 2023, o governante disse que o Governo não quer olhar para 200 ou 300 jovens, mas, sim, quer garantir as condições para estes que tenham talento e querem ter acesso à formação possam ter as condições para aceder à formação, seja em São Miguel ou em qualquer estrutura de formação, particularmente na ilha de Santiago.
A nível da ilha de Santiago, lembrou que o ecossistema conta com Parque Tecnológico/Data Center, Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial (CERMI) e Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde (EHTCV) na Praia, e que os jovens de São Miguel podem de momento ir também para o Centro de Emprego e Formação Profissional (CEFP) de Santa Catarina e Santa Cruz.
“O compromisso do Governo e da câmara municipal de São Miguel é evitar que a pobreza dos pais possa significar a perpetuidade da pobreza dos filhos. E nós temos, enquanto Governo, de garantir as condições para que os jovens tenham acesso à educação e à formação”, comprometeu-se.
Além da criar as condições para que os jovens tenham acesso à educação e à formação, notou que o Governo tem criado mecanismos de empreendedorismo, a nível do financiamento, do fomento empresarial e de assistência técnica, que, assegurou, têm tido “impactos” a nível de Cabo Verde e de São Miguel, sobretudo a nível da redução do desemprego e desemprego jovem.
Na ocasião, o vice-primeiro-ministro mostrou-se satisfeito com os resultados “muito positivos” conseguidos em São Miguel em relação à formação profissional, ao emprego, ao empreendedorismo e à confiança quanto ao futuro desse município santiaguense.
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de São Miguel, Herménio Fernandes, afirmou que os dados relativamente ao nascimento de novos negócios e empresas, redução da taxa de desemprego, o aumento do número de pessoas activas ocupadas, ou seja, novos empregos, a redução das desigualdades e a redução da pobreza demonstram “claramente” que toda a política engendrada pela equipa camararia e parceiros e colocada a funcionar estão a surtir os efeitos.
Ou seja, ajuntou que o ecossistema montando desde 2016 pelo município que dirige “funcionou e tem funcionado bem”, notando que em 2019 a taxa de desemprego era acima dos 16 por cento (%), mas hoje se situa em 6.3%, e que em 2015 o município tinha menos de 50 empresas, micro-empresas a trabalharem no município, mas que hoje são mais de 200/300 activas, que estão a trabalhar, a criar empregos e rendimentos para as famílias.
“Esta alteração tem que ser continuada, com mais incentivos, com mais financiamentos. Felizmente que o Governo tem tido esta preocupação e em todos os orçamentos do Estado temos assistido medidas para incentivar o empreendedorismo jovem, o emprego jovem, e a formalização das actividades económicas (…)”, observou Herménio Fernandes.
Notou que a implementação das políticas activas do emprego para jovens em São Miguel tem sido feita numa “estreita articulação” com o Governo, através do Ministério das Finanças, e de todas as entidades do sector, bancos e instituições financeiras de microcréditos.
Na ocasião, a edilidade micaelense fez a entrega de kits a cinco formandos de lavagem de automóveis.
FM/JMV
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