Cidade da Praia, 27 Abr (Inforpress) – O vice-presidente do Parlamento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Orlando Dias, defendeu hoje o reforço da integração de Cabo Verde do espaço da Comunidade, a nível social, político, mas, sobretudo económico.
À margem da reunião descentralizada da Comissão Mista da CEDEAO que acontece na Praia entre 25 e 29 de Abril, sobre “Desafios da migração clandestina e o sub-emprego dos jovens em África Ocidental”, o deputado cabo-verdiano disse que o país tem estabilidade política e democrática, segurança jurídica e posição geoestratégica, essenciais para entrar no mercado da comunidade, constituído por 300 milhões de habitantes.
“Os países da CEDEAO gostam muito de Cabo Verde e nós devemos reforçar a nossa integração na comunidade e promover o país”, considerou o deputado, sublinhando, por outro lado, que o arquipélago tem “excelentes” relações com a União Europeia, os Estados Unidos da América (EUA) e com a China, o que lhe pode permitir servir de plataforma de entrada de grandes empresas no mercado da CEDEAO.
Para isso, Orlando Dias é de opinião que é preciso que o país melhore a sua ligação aérea com os países do continente que fazem parte da comunidade e não só, mas também a ligação marítima que ainda é “precária e praticamente inexistente”, para que haja trocas comerciais e melhoria das condições económicas.
Neste sentido, o vice-presidente do Parlamento da CEDEAO explicou que um dos motivos da realização da reunião da Comissão Mista da organização em Cabo Verde é, também, para promover o país enquanto um destino turístico de excelência no seio dos países membros.
Desta forma, o deputado realçou que será possível trazer empresários desses países que têm grandes potencialidade económicas a investirem em Cabo Verde e trazer turistas, já que o arquipélago, apesar de ser membro de pleno direito da CEDEAO, é “muito pouco conhecido em termos de potencialidade a nível da nossa própria comunidade”.
Em relação ao tema do encontro, “Desafios da migração clandestina e o sub-emprego dos jovens em África Ocidental”, Orlando Dias lembrou que o mesmo retrata um problema que afecta, “e de que maneira”, a sub-região africana, fazendo muitas vítimas, mas que Cabo Verde pretende dar a sua contribuição no sentido de minimizar esses efeitos.
“Mas, para reduzirmos e erradicar esse problema, é preciso muito trabalho político, ou seja, há a necessidade de criação de medidas de política que incentivem o emprego jovem, que permitem a melhoria das condições da qualidade de vida dos jovens, dar condições de empregabilidade nos seus países, com garantia de sobrevivência, para que não saem para outros países”, enfatizou.
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