UNTC-CS pede intervenção do Governo para que empresas com lucros concedam aumento salarial em 2022

Cidade da Praia, 07 Jan (Inforpress) – A secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores Cabo-verdianos – Central Sindical (UNTC-CS), Joaquina Almeida, pediu hoje a intervenção do Governo para garantir que empresas em situação de estabilidade e com lucro concedam aumento salarial aos trabalhadores em 2022.

“O facto de não haver aumento salarial na administração salarial, não quer dizer que as empresas, particularmente as que dão lucro, não têm de aumentar o salário aos trabalhadores, porque é graças aos trabalhadores que a empresa obtém lucro”, disse

“Por isso queremos também que o Governo tenha uma intervenção junto das empresas, sobretudo, as empresas privadas e instituições públicas para terem em atenção a questão do aumento salarial”, disse.

Joaquina Almeida falava à imprensa à saída de uma audiência com o Presidente da República, José Maria Neves, para apresentação dos habituais cumprimentos de ano novo, momento que foi aproveitado para partilhar com o Chefe de Estado as preocupações do mundo laboral e os desafios sindicais.

A representante da UNTC-CS falou concretamente do descontrolo da pandemia que tem afectado os trabalhadores, impedindo o desempenho normal das actividades e consequentemente o despedimento.

“Continuamos ainda a ter trabalhadores a serem despedidos”, denunciou, apelando, entretanto, a todos os trabalhadores e sociedade cabo-verdianos no geral que cumpram com as regras de segurança sanitária para que o país possa retomar a normalidade.

Para 2022 o desejo é de um país com um clima laboral estável.

O orçamento de Estado para 2022 não prevê qualquer possibilidade de aumento salarial na função cabo-verdiana, em 2022, com o Governo a salientar que esse aumento de despesa poderia provocar um desequilíbrio orçamental e financeiro.

Na tarde de hoje estava previsto também o Presidente da República receber os cumprimentos de ano novo da Confederação Cabo-verdianos dos Sindicatos Livres (CCSL), que, entretanto, ficou adiado.

MJB/ZS

Inforpress/fim

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