Cidade da Praia, 10 Jan (Inforpress) – O candidato ao cargo de reitor da Uni-CV, Odair Varela, mostrou-se hoje “muito optimista” com a sua candidatura e promete trazer uma mensagem de “esperança”, “união” e “confiança” para que todos possam caminhar rumo ao desenvolvimento da universidade.
Sob o lema “Por uma universidade sustentável, internacional, digital e inclusiva”, Odair Varela é um dos três pretendentes ao cargo de reitor da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), cuja eleição está marcada para 19 de Janeiro próximo.
Investigador e professor, mostrou-se “muito optimista”, porque é uma candidatura que mana da academia e que responde a um pedido e apelo de colegas, funcionários e estudantes, através da qual quer agregar e trazer uma nova esperança sendo que a universidade ficou “muito dividida” após as últimas eleições.
“Trazer uma mensagem de esperança e de confiança respeitando a diversidade das pessoas para caminharmos rumo ao desenvolvimento da universidade”, apontou o candidato que disse que a sua candidatura quer o apoio de todos para juntos contribuírem para ter uma universidade internacional e com relevância na sub-região.
Afecto à Escola de Negócios e Governação, Odair Varela reconheceu que o maior desafio é a sustentabilidade da universidade, sendo que, neste momento, 90% do orçamento é destinado às despesas da instituição do ensino superior.
Neste sentido defendeu que é preciso mobilizar mais recursos e para tal propõe a celebração de contrato programa com o Governo, parcerias com a sociedade civil e com instituições internacional e procurar outros recursos através de prestação de serviços com laboratórios e outros centros de pesquisa e estruturas voltadas para as sondagens.
No seu entender, a sustentabilidade é a chave e peça fundamental para a implementação de outras medidas. “Havendo condições científicas e financeiras vai ser possível realizar reivindicações antigas como o bloqueio da carreira dos professores que, desde 2009, não sofreu nenhuma alteração.
Para tal, propõe a aprovação de uma lei medida autónoma para resolver as pendencias que tem que ver com as promoções e progressões, mas disse estar ciente de que o país vive num contexto difícil e pandémico.
“O mais importante do que o desbloqueio financeiro é o desbloqueio científico académico da carreira, é importante que se crie uma atmosfera que permita a internacionalização ou seja que os professores com os seus estatutos de associado catedrático possam inserir em rede e conferências internacionais com publicações e projectos de pesquisa”, precisou.
Por outro lado, defendeu que é “importante” que haja inclusão para que todos tenham acesso à universidade sem nenhum tipo de discriminação, que seja “relevante” e se faça sentir na sociedade, utilizando as ferramentas das tecnologias de informação e comunicação.
“Neste momento o mundo digital permite oferecer vários cursos com uma renovação das ofertas formativas à distância online e presencial, mas com uma forte componente da transformação digital pedagógica de leccionar à distância, apontou.
Tendo em conta as novas epidemias ou pandemias, sublinhou que a universidade pública precisa estar conectada com essas novas ofertas formativas na área do ambiente, das migrações, igualdade e equidade do género e lutar contra todas as formas de discriminação.
Do seu ponto de vista, a universidade precisa ser relevante para o desenvolvimento do país e deve assumir-se como ferramenta de desenvolvimento estratégico.
Formando em Relações Internacionais, Ciência Política e Sociologia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), venceu em 2013 o Prémio Fernão Mendes Pinto, atribuído pela Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), em parceria com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), pela sua tese de Doutoramento.
Nas eleições do dia 19 de Janeiro concorrem mais dois candidatos, José Arlindo Barreto e Maria de Lourdes Gonçalves.
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