UCID/45 anos: Partido quer uma “reforma séria” do Estado que passa pela regionalização

Mindelo, 12 Mai (Inforpress) – O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) defendeu hoje, no Mindelo, a necessidade de ser feita uma “reforma séria” do Estado que passa pela regionalização considerada como um dos principais desafios do País.

João Santos Luís manifestou esse desejo em conferência de imprensa para assinalar o 45º aniversário do partido, comemorado neste sábado, 13.

Conforme a mesma fonte, a necessidade de uma “reforma séria” do Estado é um dado adquirido, mas, até ainda não se chegou a entendimentos nesta matéria e a coragem “tem faltado aos principais actores políticos”.

“O desafio da descentralização do poder é patente, não vale a pena continuarmos a apostar em elencos governamentais grandes, nos dias de hoje, a população precisa de um poder mais próximo para a satisfação das suas necessidades de forma célere e isto não se resolve com a deslocalização de alguns ministérios do Palácio da Várzea para Santo Antão, Sal ou São Vicente”, criticou João Santos Luís para quem a regionalização “deve ser pensada como um desígnio nacional”.

Desta forma, a UCID, ao completar 45 anos de existência, aponta a descentralização e outras áreas como educação, energias renováveis, aposta no sector primário, industrialização, economia, como os principais desafios do País e que são também desafios do partido.

“Os desafios do País coincidem com os da UCID, sendo que o partido considera que com o envolvimento abnegado de todos, sem excepção, poderemos ter uma nação melhor, preparada para enfrentar os desafios que não são poucos, agravados pela actual conjuntura”, advogou João Santos Luís.

Segundo o líder dos democratas-cristãos estão convictos que a maior parte destes desafios pode ser vencida, desde que haja um equilíbrio de poder político. E é neste sentido, que, asseverou, estão a lutar para combater as maiorias absolutas, que “só dizimam o desenvolvimento do País”.

Questionado sobre os constrangimentos que não têm permitido chegar ao patamar desejado nestes 45 anos, Santos Luís recorreu à história e às razões de não terem conseguido se estabelecer como partido na abertura política e também as dificuldades financeiras.

Neste último quesito referiu-se ao subsídio dado pelo Estado aos partidos, mas que neste momento tem sido distribuído “99 por cento” ao PAICV (oposição) e MpD (poder).

Mesmo assim, o presidente da UCID, sem avançar metas propostas, disse que nas próximas eleições pensam ter “melhores resultados”, derivado do trabalho que vêm fazendo na reorganização das diversas estruturas partidárias nas diferentes ilhas.

LN/CP

Inforpress/Fim

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