Cidade da Praia, 13 Jul (Inforpress) – Os trabalhadores do Instituto Nacional da Saúde Pública (INSP) partem para uma greve de dois dias, com início esta quinta-feira, em protesto contra a não aprovação e implementação do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS).
Esta informação foi avançada hoje, em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, pelo secretário permanente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap), Luís Fortes, que destacou o trabalho árduo dos trabalhadores e colaboradores, com entrega à causa.
Segundo disse, o INSP, criado desde 2014, até então não tem um Plano de Cargos, Carreiras e Salários, um regulamento orgânico e um estatuto adequado como Instituto Público.
Denunciou ainda que o Instituto trabalha, neste momento, com 67 funcionários, sendo 33 com contrato precário, renovado de três em três meses, e com “muito” atraso no pagamento do salário.
“O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública vem, desde Março de 2021, portanto há mais de quinze meses, tentando colaborar com o INSP no sentido de apoiar a instituição com os instrumentos de gestão aprovados, disse, lamentando o facto de até agora só conhecerem a versão zero do PCCS, que receberam em Dezembro de 2021.
O secretário permanente do Sintap informou que desde essa data os trabalhadores, assim como o sindicato, só têm assistido a um desencontro de informações quanto ao paradeiro dos referidos instrumentos de gestão.
Com isto, informou que apesar de quinze meses de insistência, de recorrente solicitação para a resolução da situação, até hoje, não vislumbraram uma data para a publicação do estatuto, da orgânica e do PCCS.
“Cansados e desgastados, os trabalhadores e o sindicato que os representa decidiram marcar uma greve para os dias 14 e 15 de Julho, com a condição de a levantar, caso virem os estatutos e o PCCS serem aprovados e publicados”, anunciou.
Com a marcação da greve, avançou Luís Fortes, a Direcção Geral do Trabalhado diligenciou um encontro entre as partes para mediar o conflito, mas sem sucesso, uma vez que, sublinhou, o Conselho de Administração do INSP foi categórico em comunicar que eles não têm nada mais a fazer, remetendo à tutela como quem deve dar resposta aos trabalhadores e aos sindicatos.
“Não tendo nenhuma resposta, sequer uma indicação de quando é que se vai publicar o estatuto e o Plano de Cargos Carreiras e Salários, os trabalhadores vão manter o aviso de greve para os dias 14 e 15 de Julho”, sustentou.
Entretanto, o sindicato diz esperar que o Conselho Directivo do INSP os apresente alguma proposta concreta sobre a publicação dos referidos instrumentos de gestão dos recursos humanos para que possam levantar a greve, reafirmando a determinação da luta dos trabalhadores até conseguirem os seus direitos.
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