Tempestade Gombe atinge Moçambique no grau de ciclone intenso

Maputo, 11 Mar (Inforpress) – A tempestade Gombe chegou à costa moçambicana pelas 03:00 (01:00 em Lisboa) na categoria de ciclone intenso com chuva torrencial e vento de 165 quilómetros por hora, com rajadas superiores a 200, anunciou o centro meteorológico francês da ilha de Reunião.

Aquele centro, que vigia os ciclones no sudoeste do oceano Índico, indica que o Gombe entrou em terra entre as povoações de Mogincual e Terrene, 50 quilómetros a sul da Ilha de Moçambique, na província de Nampula, a mais povoada do país.

Naquela província vive um quinto dos cerca de 30 milhões de moçambicanos.

Apesar das tentativas, a Lusa não conseguiu estabelecer comunicação através das redes móveis com a ilha de Moçambique, sendo que as operadoras já haviam alertado na quinta-feira para potenciais quebras de serviço.

A mesma zona continua sob chuva e vento ciclónicos à medida que a tempestade avança em direcção à cidade de Nampula, capital provincial, onde as condições meteorológicas tem estado a degradar-se desde a madrugada, disseram residentes à Lusa.

“Há vento cada vez mais forte”, mas a chuva “ainda não tem sido intensa”, provocando apenas alguns estragos como o corte de vias de acesso nalguns bairros, descreveu uma das fontes.

O Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) moçambicanos está a monitorizar a situação, anunciou na última noite.

A tempestade Gombe atinge Moçambique dois anos depois de os ciclones Idai e Kenneth terem fustigado, respectivamente, as regiões centro e norte do país naquela que foi uma das mais severas épocas chuvosas de que há memória.

As intempéries de 2019 mataram 714 pessoas, incluindo 648 vítimas dos dois maiores ciclones de sempre.

De acordo com o mais recente balanço do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), já morreram 72 pessoas na actual época chuvosa e ciclónica, que decorre desde 01 de Outubro até final de Abril.

A maioria das mortes foi provocada por desabamentos e inundações, outras por raios e incêndios.

Até final da época continuam a decorrer acções de sensibilização da população para que se afaste de zonas de cheias e para que bens alimentares e outros artigos essenciais sejam colocados em zonas seguras.

Inforpress/Lusa

Fim

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