Cidade da Praia, 21 Set. (Inforpress) – A Empresa de Transporte Colectivo Urbano de Passageiros (SolAtlântico) reagiu hoje “com estupefacção” ao novo pré-aviso de greve dos motoristas, seguido de manifestação pacífica, marcada para 07 de Outubro, quando ainda vigora a greve de 48 horas.
Em declarações à Inforpress, o administrador da SolAtlântico, Henrique Duarte, disse que esta empresa de transportes colectivos urbanos da Cidade da Praia continua “a considerar que estas reivindicações não são justas”, alegando que “os motoristas estão a exigir um subsídio de turno para um tipo de horário que não estão a praticar”.
“Em nosso entender, salvo melhor posição, não estão a fazer o serviço de turno. Nós sempre tivemos em vigor o horário que está a vigorar neste momento. O que acontece é que em meados de 2019, através dos sindicatos, pediram a alteração do horário porque queriam fazer turno com direito a subsídio”, explicou, clarificando que ao final de quatro meses pediram para voltar ao regime antigo, que permanece neste momento.
O responsável aclarou que nesse período foi criado um subsídio mensal de alimentação no valor de 1.400$00 para os motoristas, a vigorar até agora, mediante consentimento do Sindicato.
Por isso, disse estranhar esta reivindicação dos sindicados, sem que tenha havido qualquer cedência das partes, muito embora a empresa tenha feito uma proposta para aumentar o subsídio até 2.500$00, prontamente recusada pelo sindicato.
Henrique Duarte adiantou que que apesar de algum atraso, o Governo determinou a requisição de um número mínimo de 28 motoristas que fizeram circular 20 autocarros de manhã e outros tantos à tarde, e que nesta terça-feira estiveram a laborar 24 autocarros de manhã e 22 esta tarde, quando a empresa labora normalmente, neste período, com 61 dos 84 autocarros que constituem a frota da empresa.
Duarte lamentou que “mais do que os constrangimentos financeiros para a empresa”, a administração da Sol Atlântico “preocupa-se mais com a deslocação” dos seus utentes que ficaram impedidos de se deslocarem aos postos de trabalhos ou aos estabelecimentos do ensino, indicando que muitos foram praticamente obrigados a inventarem outras vias de deslocação.
A greve de 48 horas dos motoristas da SolAtlântico, iniciada às 08:00 desta segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato da Indústria e Serviços Gerais, Alimentação, Construção Civil, Agricultura, Serviços do Sector das Empresas de Segurança Privada e Serviços Marítimos e Portuários (SIACSA), que reclama “retoma de subsídio de turno de 4000$00, cumprimentos dos contratos de trabalho dos motoristas, entre outros.
SR/JMV
Inforpress/Fim