Situação laboral na Polícia Nacional em Santo Antão é muito crítica – sindicalista

 

Ribeira Grande, 20 Out (Inforpress) – O colectivo da Polícia Nacional (PN) de Santo Antão vai entregar ao Governo, nos próximos dias, um manifesto para expressar a sua indignação pela forma como vêm sendo acumulados os problemas que afectam os policiais colocados na ilha.

O presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), José Barbosa, disse à Inforpress que a situação laboral na Polícia Nacional, em Santo Antão , “é muito crítica” e requer medidas correctivas urgentes.

“Vamos enviar ao Governo um manifesto por escrito, como uma primeira e muito diplomática forma de luta” , disse José Barbosa, apontando problemas de fardamento, o excesso de carga horária, o nível salarial baixo agravado pela inexistência de subsídio de risco, como alguns dos problemas que os polícias colocados em Santo Antão enfrentam.

Para ilustrar as razões da reivindicação, José Barbosa disse que não é distribuído fardamento ao efectivo de Santo Antão há quatro anos e, conforme explicou à Inforpress, esse facto contribui para a baixa auto-estima dos agentes da PN e, para agravar a situação, “os agentes colocados na ilha de Santo Antão trabalham 72 horas por semana, sem qualquer compensação financeira pela carga horária extra, quando a lei laboral estipula apenas 44 horas de trabalho semanais”.

“Isso acontece apenas em Santo Antão , porque noutras ilhas existem subsídios” , disse o líder do sindicato dos Agentes da Polícia Nacional, concluindo que “Santo Antão é um caso que passa do normal e configura uma ‘situação muito crítica’ que exige que sejam tomadas medidas”.

Por isso, enquanto parceiro do Governo, o SINAPOL vai levar essas preocupações ao executivo.

A indignação do colectivo da PN em Santo Antão foi expressa durante uma reunião realizada esta quinta-feira, na cidade da Ribeira Grande.

HF/JMV

Inforpress/Fim

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