Cidade da Praia, 25 Nov (Inforpress) – O presidente do Sindicato da Indústria, Serviços, Comércio, Agricultura e Pesca (SISCAP) acusou hoje a Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV) de atitude arrogante, perseguição e recusa de diálogo na resolução dos problemas que afectam os seus colaboradores.
A denúncia do presidente do SISCAP, Eliseu Tavares, foi feita em conferência de imprensa na Cidade da Praia, tendo o sindicalista manifestado a preocupação relativamente a atitude da actual direcção da Cruz Vermelha de Cabo Verde, que afirmou, “está a perseguir, injustiçar e a discriminar” determinados colaboradores, “chegando ao cúmulo de negar o acesso ao Fundo Social para colaboradores”.
“Condenamos e repudiamos tais atitudes, principalmente quando se trata da direcção de uma instituição de cariz social e humanitária, cujos alicerces deveriam assentar na justiça social e laboral, bem como na solidariedade e valores, infelizmente, desvalorizados, quando se trata da vida dos colaboradores desta instituição”, condenou, acrescentando que o SISCAP foi obrigado a recorrer as intervenções da Direcção Geral do Trabalho no sentido de obrigar esta direcção a estabelecer diálogo com o sindicato.
O SISCAP, prosseguiu, denunciou ainda o incumprimento por parte desta instituição relativamente ao compromisso assumido e rubricado em Setembro de 2019, de que em Janeiro de 2020 iria implementar o PCCS, proceder ao ajustamento salarial, resolver os pendentes e melhorar a situação laboral do colectivo.
Eliseu Tavares lamentou o facto de a direcçao da CVCV estar a justificar o não cumprimento da sua palavra e não implementação do PCCS por causa da pandemia da covid-19, mesmo depois de o director financeiro da CVCV ter afirmado que apesar do impacto negativo causado pela pandemia, a situação financeira da instituição é “boa e melhor que os anos anteriores”.
“A Cruz Vermelha assumiu e firmou mais um compromisso que irão implementar o almejado PCCS e o ajustamento salarial em Janeiro de 2021, com o retroactivo. Mas e o retroactivo a Janeiro de 2020, será que os trabalhadores devem voltar a confiar na palavra e no compromisso que tentam afirmar”, questionou o presidente do SISCAP.
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