Sindicato anuncia greve de três dias dos vigilantes de segurança privada com início a 15 de Junho

Cidade da Praia, 12 Jun (Inforpress) – O Sintsel anunciou hoje uma greve nacional de três dias com início a 15 de Junho, dos vigilantes de segurança privada para reivindicar o acordo conjunto de trabalho, assinado entre o Governo, sindicatos e empresas.

Em conferência de imprensa, na Praia, o presidente do Sindicato Nacional dos Agentes de Segurança Pública e Privada, Serviços, Agricultura, Comércio e Pesca (Sintsel), António Silva, explicou que a greve acontece após negociações e será materializada por alegado incumprimento das empresas de segurança privada do acordo de trabalho que foi assinado.

No passado mês de Novembro, foi acordado com o Governo, com os sindicatos e a Associação Nacional das Empresas de Segurança Privada (ANESP), um prazo de seis meses em que todas as empresas de segurança privada deveriam se esforçar para adoptar a nova grelha e o preço que têm estado a receber dos clientes para se aproximarem do Preço Indicativo de Referência.

Com isso, a partir do final do mês de Maio as empresas teriam que adoptar a nova grelha salarial estipulada para os vigilantes, que, no entanto, não foi cumprido.

“Querermos fazer um apelo ao Estado que cumpra com sua responsabilidade, assim como as empresas, é um desrespeito perante o sindicato que assinaram o acordo”, avançou o sindicalista.

O Sintsel revelou também que foram negociados os serviços mínimos a serem prestados durante o período de greve, “mas não se chegou a um acordo”, porque, justificou, as empresas querem 50 por cento (%) de vigilantes a prestarem serviços mínimos.

“Ou seja, num posto de quatro vigilantes, seriam duas pessoas para serviços mínimos e dois para a greve, o que não faz sentido”, referiu, sublinhando que o sindicato propôs um vigilante para serviços mínimos, num posto de 24 horas.

Por outro lado, o sindicalista apela ao Governo que não decrete requisição civil a nível do sector de segurança privada, alegando haver falta de fiscalização por parte do Estado, da Inspecção Geral do Trabalho e da Direcção-Geral do Trabalho.

“A lei diz que a requisição civil acontece no caso de não haver serviços mínimos, mas o sindicato esteve disponível para negociar”, atestou, sublinhando que caso for adoptado a medida, o Sintsel vai apresentar uma queixa contra o Estado.

HR/CP

Inforpress/Fim

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