Cidade da Praia, 21 Set (Inforpress) – A separação na origem é o primeiro passo para melhorar a gestão dos resíduos hospitalares, defendeu hoje a engenheira Neusa Brito, no final da formação dos pontos focais para a gestão dos resíduos hospitalares, realizada pelo INSP.
“Tudo passa pela separação na origem. Tendo uma separação na origem de forma conveniente, todos os outros processos vão ser facilitados”, explicou.
Neusa Brito, que falava na qualidade de formadora, adiantou que dessa formação, que contou com a participação de pontos focais de todas as estruturas de saúde e representantes dos municípios, em modalidade presencial e virtual, saíram aspectos importantes que vão ajudar as estruturas de saúde na gestão desses materiais produzidos nas suas actividades.
“Daqui saíram aspectos importantes como fixar o ponto focal em cada estrutura para a gestão dos resíduos hospitalares, que atribuições, quais são as tarefas, o que ele deve fazer para ajudar a sua estrutura em matéria de gestão dos resíduos hospitalares”, apontou.
Neusa Brito adiantou ainda que os formandos saem com a noção de um plano que se adeqúe a cada tipo de estrutura, desde os postos sanitários até aos hospitais.
“Isso, consequentemente, vai melhorar todo o sistema porque nós sabemos também que os municípios têm um papel interventivo em matéria de resíduos hospitalares, porque são os municípios que recolhem e que dão o destino final”, disse a também directora do saneamento da Câmara Municipal da Praia.
A formação, que teve a duração de três dias, resultou, segundo o Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), de um projecto de reforço da gestão dos resíduos hospitalares, no quadro da resposta à covid-19 e que conta com o apoio financeiro do Banco Mundial.
O objectivo principal foi dotar os serviços de saúde de melhores capacidade para a gestão dos resíduos hospitalares nas suas diferentes etapas, contribuindo assim para a segurança dos profissionais, dos utentes, da comunidade em geral e no reforço da segurança sanitária nacional.
Cabo Verde produz cerca de 300 toneladas de resíduos hospitalares por ano e, segundo o administrador executivo do INSP, Júlio Rodrigues, apesar de alguns avanços ainda não se sabe como gerir a matéria produzida pelos serviços de saúde, que constitui “risco para o ambiente e para a população”.
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