Cidade da Praia, 24 Mai (Inforpress) – A Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM) assinou um contrato de reciprocidade com a SAMRO que lhe concede a legitimidade para defender um catálogo de mais de dois milhões de obras musicais administradas por esta entidade de gestão colectiva.
A informação foi avançada hoje à Inforpress, pela SCM, através de um comunicado de imprensa, que dá conta que esta entidade de Gestão Colectiva de Direitos de Autor South African Music Organization (SAMRO), na África do Sul, é líder do ranking das cobranças e das distribuições do Comité Africano da CISAC.
Com uma média de cobrança nos últimos anos avaliada em 50 milhões de dólares, distribuídos para os seus membros, o SAMRO é um “grande exemplo” para o continente africano no campo da protecção do direito de autor, já que “tem vindo a desenvolver desde 1960 um trabalho da organização de gestão desportiva dos direitos de autor neste país, muito rico musicalmente”.
Na sequência da formação ministrada pela SAMRO que a presidente da SCM, Solange Cesarovna, e o técnico do departamento de operações e IT da SCM, Adilson Pereira, estão a participar em Joanesburgo, desde o dia 20, hoje tiveram a oportunidade de celebrar este acordo.
“Aproveitando esta oportunidade, e depois das negociações para a efectivação de parceria em diversos domínios entre as duas entidades de gestão colectiva de direitos de autor, a SCM acaba de assinar um contrato de reciprocidade com a SAMRO que concede à SCM a legitimidade para defender a partir de um catálogo de mais de 2 milhões de obras musicais administradas por esta entidade de gestão colectiva”, informou.
Por outro lado, segundo a presidente da SCM, este é um passo determinante na estratégia de defender o músico e autor cabo-verdiano também na África do Sul.
Relativamente à formação que termina este sábado, 25, a mesma fonte disse que é uma “oportunidade crucial” para a SCM aperfeiçoar as relações internacionais geridas pelo departamento de relações internacionais, num momento que se encontra numa fase de gestão dos protocolos de reciprocidade assinados, com vista ao devido pagamento pela utilização dos catálogos internacionais, cujos acordos de reciprocidades permitem que seja defendido pelas entidades congéneres.
“Este treinamento está ainda vocacionado para o licenciamento no sector digital, prioritário para todas as entidades de gestão colectiva do mundo, pelo que a SCM vê neste encontro uma oportunidade para reforçar o seu conhecimento nesta fase preparatória de negociações com as plataformas”, sublinhou.
Estas iniciativas, ajuntou, vão ao encontro do plano de actividades para 2019 da SCM, que aprovou a aposta em formações para as competências dos departamentos recentemente montados na SCM, e que vão ser ministradas por congéneres com “grandes experiências” nas áreas de cobrança, distribuição e gestão dos direitos de autor e direitos conexos.
AM/ZS
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