Mindelo, 17 Mai (Inforpress) – O troféu do campeonato do mundo de basquetebol foi apresentado hoje, no Mindelo, e deverá servir para inspirar as novas gerações a pensarem que podem conseguir ir ainda mais longe, asseverou o seleccionador nacional.
Emanuel Trovoada mostrou esse desejo à imprensa, durante o acto de apresentação do galardão, na praça de Ribeira Bote, acompanhada de sessão de fotos e um torneio 3X3 com duas escolas de formação de São Vicente.
Segundo o seleccionador, trazer o troféu para junto do público mindelense tem um “significado enorme” devido ao feito de Cabo Verde que até, asseverou, foi reconhecido pelo presidente da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) que lhe disse ser “histórico” que um país tão pequeno tenha conseguido chegar a tal patamar.
“Esta história já vem de longe, houve pessoas que começaram bem antes e que foram grandes mestres nesse arranque da selecção”, considerou, mencionando alguns antecessores, treinadores e dirigentes, que também contribuíram para que fosse possível alcançar tal objectivo e fazer com que a nova geração pense em representar Cabo Verde num mundial de basquetebol.
Por outro lado, segundo a mesma fonte, também a ideia de trazer parte da equipa para estar com o público é uma maneira deste “sentir `in loco´ a emoção e de que este troféu também é deles, um trabalho conjunto e de toda a gente”.
Emanuel Trovoada acredita ser também importante a oportunidade dada pela FIBA do troféu percorrer duas ilhas, Santiago, a partir de quinta-feira, e São Vicente, ilha de “muitos talentos internacionais”.
Daí, que, sublinhou, a mensagem é mostrar aos jovens que “podem também e pode aparecer uma nova geração para levar o basquete nacional ainda mais longe”.
Quanto à preparação para o mundial, Emanuel Trovoada disse que está agendado um estágio a partir de 15 de Julho, na cidade da Praia, e perspectivam a realização de alguns jogos de preparação em Cabo Verde, inclusive, com a possibilidade de um ser realizado em São Vicente. Mas também há probabilidade de ser organizado um torneio com uma equipa asiática e duas europeias e ainda um estágio na Espanha, embora, ainda não esteja nada garantido, asseverou.
O capitão da selecção, Fidel Mendonça, também ressaltou o facto de se motivar novos talentos com a vinda da taça.
“Não queremos ficar por aqui, queremos que outros jovens possam espelhar-se nessa geração e fazer melhor”, sublinhou, com a esperança que toda a nação cabo-verdiana vibre com a equipa no mundial e que este seja “um ponto de partida para a viragem da modalidade no País”.
Por seu lado, o presidente da Federação, Mário Correia, mais conhecido no meio desportivo por Marito, considerou que “não se deve fazer de pequeno este momento de passagem do troféu, mas sim deve ser saboreado”.
“Isto vai ficar na memória de todos os cabo-verdianos, principalmente das nossas crianças”, asseverou a mesma fonte, para quem os jogadores vão trazer “algo de muito bom” do campeonato do mundo.
Cabo Verde é uma das 30 nações escolhidas para a turnê do troféu da Copa do Mundo da FIBA.
O Troféu Naismith, em homenagem ao inventor do basquetebol James Naismith, é a taça de prata maciça concedida aos vencedores do Mundial. A versão atual do troféu foi concebida pela primeira vez em 1998.
A selecção cabo-verdiana qualificou-se a 26 de Fevereiro deste ano pela primeira vez para o Mundial da modalidade, evento que vai contar com a participação de 32 selecções, entre 25 de Agosto e 10 de Setembro no Japão, na Indonésia e nas Filipinas.
Cabo Verde figura como um dos cinco países africanos a representar o continente no Mundial’2023, juntamente com Sudão do Sul, Costa do Marfim, Egipto e Angola.
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