Mindelo, 16 Nov (Inforpress) – A gestão da Marina do Mindelo pediu às autoridades policiais para investirem no reforço da segurança do espaço, que recebe neste momento a regata ARC+ e precisa manter a atractividade do destino São Vicente.
O alerta foi dado à Inforpress pela gerente das Operações Gerais da marina, Jaqueline Gomes, que adiantou já terem sido questionados por alguns clientes, antes de viajarem para São Vicente, sobre a situação de segurança e o perigo de assaltos aos barcos.
Também, conforme a mesma fonte, na actual temporada de regatas, registaram dois assaltos a embarcações de uma regata francesa e sem saber de onde surgem.
Felizmente, disse Jaqueline Gomes, até agora não tiveram queixa de qualquer roubo ou assalto na recepção da regata ARC+, que aportou no último dia 09, com visita à ilha pela 11ª vez e com um recorde de embarcações, 95.
“Temos recrutado pessoal de fora para fazer segurança durante esta época para evitar esses tipos de acontecimentos, mas, também apelamos à comunidade e à Polícia Nacional, porque se a nossa imagem começar a degradar-se por causa destes tipos de assaltos, podemos correr o risco de não receber regatas em São Vicente”, lançou.
A responsável afirmou estar consciente do apoio dado pela Polícia Marítima nestes 16 anos de funcionamento da Marina, mas, acredita ser preciso o reforço para evitar esses constrangimentos.
Fora alguma insegurança, a gerente de Operações Gerais dá Deus graças à época de regata vivida neste ano, de Fevereiro a Novembro, que permitiu aumentar o número do pessoal de serviço, mais 10, para além dos actuais 38 funcionários fixos.
“A regata tem um impacto grande dentro da ilha de São Vicente, algo já visto, porque além de recrutarmos mais pessoas para prestação de serviço nas áreas de atracação, recepção, bar, restaurante e segurança, ainda temos prestadores de serviços, parceiros da Marina do Mindelo, tipo lavandarias e pessoal técnico que dão apoio durante a época alta”, explicou.
No caso da ARC+, que chegou a Mindelo com 411 pessoas, incluindo 45 crianças, de diversas nacionalidades, e com maior número de barcos de maior porte, 27 catamarãs, e restantes barcos menores, os chamados monocascos, está tudo a decorrer “lindamente”, algo que deverá acontecer até a partida na sexta-feira, 17, após às 12:00.
Da parte dos participantes, Jaqueline Gomes assegurou reinar a satisfação geral e a certeza de voltar mais uma vez à cidade do Mindelo, nesta travessia iniciada em Las Palmas (Canárias), com passagem por Cabo Verde e término em Grenada (Caribe).
Steven Lopes, representante local da empresa Yellow Shirt, encarregue de prestar todo o tipo de apoio aos velejadores, confirmou essa satisfação, tanto com a recepção e apoio, como também com a simpatia dos sanvicentinos.
Por outro lado, admitiu, como mindelense, já estar comprovado o impacto das regatas na economia da ilha, por tudo que consomem nos diversos serviços.
“Até atrevo-me a dizer que movimenta mais do que os cruzeiros, porque eles vêm para comprar, abastecer e continuar a viagem”, advogou Steven Lopes, enumerando a solicitação de serviços desde restaurantes, hotéis, clinicas médicas, mini-mercados, lojas de materiais de pesca e vários outros.
A Marina do Mindelo iniciou o ano com a Regata Viking e até agora já recebeu mais três, Rallye Iles du Soleil, ARC+, e uma espanhola, vinda à ilha pela primeira vez. Para além destas, também aporta muitos iates de pesca desportiva e outros vindos por iniciativa própria, que permanecem alguns dias em São Vicente, mas, quase sempre visitam a ilha vizinha de Santo Antão.
LN/JMV
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