Mindelo, 19 Nov (Inforpress) – A presidente da Assembleia Municipal (AM) de São Vicente disse hoje, no Mindelo, que “o medir de forças e a teimosia” dos autarcas na câmara tem impedido o diálogo para aprovação de decisões importantes e a realização da assembleia.
Dora Pires teceu estas considerações, na manhã de hoje, à saída da audiência com o Presidente da República, José Maria Neves, que teve como pano de fundo a situação de desentendimento entre presidente da câmara de São Vicente, eleito pelo Movimento para a Democracia (MpD) e os vereadores eleitos pela União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) e pelo Partido Africano da Independência de Cabo verde (PAICV).
“Temos uma teimosia de ambas as partes. O presidente exerce o seu poder, os vereadores também exercem o seu poder, e ficam aí sem a possibilidade de diálogo para aprovação e decisões importantes para a realização da assembleia. Há um medir de forças e nós temos que acabar com isso porque cada um tem a sua função, temos o regimento o estatuto dos municípios que atribui funções a cada um e resta é respeitar um ao outro, respeitar o que diz a lei e cumprir”, defendeu Dora Pires para quem “São Vicente quer ver os três partidos a trabalhar para o bem da sua cidade”.
Segundo Dora Pires, face à esta situação o “Presidente da República, José Maria Neves, tem feito um papel pedagógico no sentido de chamar à razão a todos para que haja um diálogo, muito franco, muito sincero, a bem dos eleitores” porque, sintetizou, “o que importa são os munícipes, os que votaram no MpD na UCID e no PAICV”.
A mesma lembrou que após o encontro com o PR, Augusto Neves (presidente da Câmara de São Vicente) mostrou-se disposto a dialogar com os vereadores, pelo que, Dora Pires lançou apelo aos autarcas no sentido de resolver a situação para que possam aprovar os instrumentos de gestão do próximo ano.
“Temos o plano de actividades para ser aprovado na câmara e na assembleia, temos as contas de gerência e nós temos o orçamento para 2023. Portanto, se a câmara não apreciar os documentos não podem ser aprovados na Assembleia. Nós apelamos ao bom senso e ao diálogo”, pediu Dora Pires.
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