Mindelo, 13 Set (Inforpress) – O presidente da Comissão Política Regional do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), em São Vicente, garantiu, hoje, no Mindelo, que o partido já tem os seus potenciais candidatos alinhados para câmara e assembleia municipal.
Adilson Graça Jesus, que foi questionado pelos jornalistas sobre a sua disponibilidade para as próximas autárquicas de 2024, disse que ele não será candidato, mas as dinâmicas da constituição das listas poderão ditar outras nuances.
No entanto, afirmou que o partido está a concluir os contactos e garantiu à população de São Vicente que vai apresentar uma alternativa “à altura do povo”, acreditando que ser “merecedor da confiança de São Vicente”.
“Tanto para a câmara municipal como para a assembleia municipal teremos novidades. Poderemos trazer algo de novo, jovial, não apenas na idade, mas no espírito, algo que seja aberto à participação da sociedade, também que colha aquilo de diferente que as outras forças têm. Porque São Vicente poderá ser um município facilmente gerível por ser urbano, por ter essas potencialidades que têm, mas é preciso abrir-se às contribuições do outro e o PAICV vai fazer isso”, explicou sem avançar nomes dos potenciais candidatos.
O presidente da Comissão Política Regional do PAICV informou que o partido vai agora encetar o processo de deslocação aos bairros, de forma mais formal, com a equipa.
Mas, acrescentou, dos contactos que mantêm com as pessoas tem sentido “alguma mudança em relação ao sentimento” para com o PAICV comparado ao que se via em 2016 e 2020, pelo que pensa que poderão ter “um bom desempenho” nas eleições de 2024 e de 2026.
Sobre a disponibilidade mostrada pelo actual presidente da Câmara Municipal de São Vicente para uma nova candidatura, Adilson Graça Jesus disse que terá “pena se ele for eleito novamente em 2024” porque será o ano em que a ilha vai completar “14 anos de perda, de regressão” já que,
lembrou, “se Augusto Neves foi eleitor serão então 18 anos que ele estará na câmara municipal porque ele substituiu a Isaura Gomes em 2010” e, desde essa altura, “parece que São Vicente parou no tempo”.
“Não há nada que se possa tirar de positivo da Câmara Municipal de São Vicente. Tem sido mais impulsos dos governos centrais, mas, da câmara, parece que houve um eclipse e não se sente a projecção de uma ideia de transformação, uma ideia de aproveitar as grandes potencialidades de São Vicente”, criticou.
Por fim, acrescentou que hoje Mindelo é “conhecida como a cidade dos mafores”, porque apesar de ter “uma baía tão bonita, uma avenida extraordinária”, não se consegue fazer um projecto para “eliminar o mau cheiro” quando se prepara para ter mais hotéis e receber mais gente.
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