Mindelo, 07 Jun (Inforpress) – O MpD considerou hoje, no Mindelo, que a apreciação do Tribunal de Contas (TC) sobre a gestão do Município de São Vicente de 2007/2011 veio “solidificar a inocência” de Isaura Gomes, que dirigiu a câmara naquele período.
Em conferência de imprensa, o ex-presidente da Assembleia Municipal de São Vicente João Gomes, igualmente actual deputado pelo Movimento para a Democracia (MpD, no poder) eleito por São Vicente, “mas corroborada pelo sistema MpD”, explicou que o acórdão do Tribunal de Contas de 09 de Março veio “deitar por terra” as “denúncias, suspeições e acusações” de que foi alvo Isaura Gomes e equipa pelo “então líder do PAICV, João do Carmo”.
“As provas irrefutáveis de gestão danosa, acrescidas de roubo e venda ilegal de terrenos e de uma câmara dirigida por uma associação de mal-feitores apresentadas por João Carmo na altura”, acusou João Gomes, receberam a “machadada final” com a decisão do Tribunal de Contas.
O político indicou que, apesar de “falhas processuais perfeitamente sanáveis” detectadas pelo Tribunal de Contas, o facto é que a “justiça foi feita” uma vez o TC julgou os responsáveis da autarquia, presidente e vereadores, “quites para com as Finanças Públicas” pela gestão financeira do Município de São Vicente em 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011.
“Apenas a condenação para a reposição do montante de sete mil escudos por um pagamento indevido a um passeio dos fiscais da autarquia por ocasião do 1º de Maio”, concretizou João Gomes, para quem “o povo, os tribunais e a história” encarregar-se-ão de “fazer justiça” a Isaura Gomes e a sua equipa.
Afinal, concretizou a mesma fonte, “as provas irrefutáveis de João do Carmo” mais não eram do que um “conjunto de nada” desencadeadas com o objectivo de “manchar a imagem” de Isaura Gomes, cujo “único pecado” foi “servir a ilha” com “espírito de missão, sabedoria, conhecimento e amor” pelo município de São Vicente.
“Os carrascos de Isaura Gomes só podem hoje engolir tudo o que disseram”, declarou João Gomes, que “nem sequer” faz um pedido de desculpas públicas, uma vez que os “males e os efeitos das denúncias caluniosas” provocaram “danos irreparáveis” na pessoa da ex-autarca.
Contactada através de um familiar, Isaura Gomes mandou dizer que não faz qualquer declaração à imprensa sobre o assunto.
“Ela não quer falar”, referiu a mesma fonte.
AA/CP
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