Mindelo, 21 Abr (Inforpress)- O ministro do Mar disse, hoje, que dois dos quatro navios que o Estado irá comprar, com financiamento do Banco Mundial, deverão chegar este ano ao País, mas não há nenhum pré-acordo sobre quem os vai explorar.
Abraão Vicente deu esta garantia em conferência de imprensa, em reacção às declarações do presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), Rui Semedo. que disse que vai levar o Governo ao tribunal em defesa de alegados “actos lesivos” ao interesse público por causa do novo contrato de concessão entre o Estado e a CV Interilhas.
“Vamos comprar os quatro barcos, os quatro barcos ainda não têm nenhuma programação nem nenhum pré-acordo a quem irão ser entregues. Os barcos não chegarão ao mesmo tempo, à medida que chegarem a Cabo Verde nos negociaremos. Não serão entregues a nenhuma operadora a título gratuito”, garantiu o ministro do Mar.
Segundo Abraão Vicente, esses barcos são propriedades do Estado, comprados a partir de um empréstimo de 15 milhões de dólares, contraídos junto do Banco Mundial, com período de carência de cinco a sete anos e com 40 anos para pagar.
“Isso significa que teremos uma margem de manobra para amortizar este empréstimo num tempo razoável e colocar as embarcações a rentabilizar para pagar o empréstimo, quer através do empréstimo quer através de uma empresa de direito cabo-verdiano e com armadores nacionais”, acrescentou.
Conforme o governante, o plano do Governo é, até o final deste ano, ter pelo menos dois navios a chegar a Cabo Verde, pelo uma equipa multissectorial, constituída por técnicos do Ministério do Mar, das Finanças do Instituto Marítimo e Portuário (IMP), já está a trabalhar para identificar os navios e garantir que quando chegarem se adaptam às águas de Cabo Verde.
CD/JMV
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