São Vicente: “Macaronésia quer ter uma palavra a dizer na preservação do Atlântico” – Jorge Santos (c/áudio)

Mindelo, 26 Fev (Inforpress) – O presidente da Assembleia Nacional considerou hoje, no Mindelo, que os arquipélagos que formam a Macaronésia desejam ter “uma palavra a dizer” na conservação do Atlântico, em linha com o conceito da Economia Azul.

Jorge Santos falava à imprensa ao início da tarde de hoje, nos Paços do Concelho de São Vicente, a saída de um encontro que uma delegação dos presidentes das assembleias da região efectuou ao presidente da autarquia mindelense, Augusto Neves.

O que se deseja, salientou a mesma fonte, é fortalecer institucionalmente os laços que unem os quatro arquipélagos – Açores, Cabo Verde, Canárias e Madeira – iniciar, assim, um “debate profundo” sobre o Atlântico.

“Cabo Verde quer estar na Macaronésia e todos queremos ter uma palavra a dizer na preservação do Atlântico em tudo que diga respeito à exploração sustentável dos seus recursos, daí o conceito de Economia Azul”, reforçou o presidente da Assembleia Nacional.

Jorge Santos lembrou que tanto a I Reunião do Grupo de Ligação, ocorrida segunda-feira, 25, na Cidade da Praia, como conferência parlamentar sobre “A Macaronésia: laboratório da biodiversidade do Atlântico”, da tarde de hoje, em São Vicente, são passos em direcção à consolidação dessas relações.

Tudo isto, sublinhou, num momento em que, a nível bilateral com Portugal e com Espanha, Cabo Verde discute a questão da facilidade e das mobilidades.

Sobre a conferência do Mindelo, que principia esta tarde no Centro Oceanográfico do Mindelo, Jorge Santos disse que será ocasião para um debate sobre a Macaronésia como laboratório da biodiversidade do Atlântico.

“É  uma realidade, pois é nas ilhas da Macaronésia que as coisas acontecem devido à sua grande dimensão marítima”, concretizou a mesma fonte, que admitiu ainda que São Vicente deve acolher, dias 13 e 14 de Julho de 2020, as Décimas Jornadas dos Parlamentos Atlânticos.

É que, lembrou, São Vicente é neste momento o epicentro das actividades ligadas à economia marítima.

A Macaronésia, por seu lado, é um espaço geográfico de culturas convergentes, de arquipélagos que partilham a identidade atlântica, espaço em que, há 29 anos, se está a partilhar experiências e a debater as “grandes questões” da biodiversidade, da necessidade da sustentabilidade e defesa do ambiente, a criação de um ambiente e de uma região económica de partilha investimentos, de turismo e de experiências, mas também a nível científico.

O presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, por seu lado, congratulou-se com a visita da delegação parlamentar, reveladora, acrescentou, da aproximação e do fortalecimento da história comum e da amizade, mas também de troca de experiência e aprofundamento de conhecimentos em diversos domínios.

A conferência “A Macaronésia: laboratório da biodiversidade do Atlântico” desta tarde, no Centro Oceanográfico do Mindelo, enquadra-se no âmbito das Jornadas Atlânticas, e vai debater dois módulos com temas relacionados com a oceanografia e a biodiversidade no Atlântico Médio, e a transição para a Economia Azul e turismo sustentável.

AA/CP

Inforpress/Fim

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