Mindelo, 17 Mar (Inforpress) – O ministro do Mar garantiu hoje, no Mindelo, que os 17 botes de pescadores de São Pedro, que foram contemplados com o projecto de fibragem, vão ter “maior durabilidade e mais segurança” para as suas actividades diárias.
Abraão Vicente deu essa certeza durante o acto de devolução dos botes, na praia de São Pedro, e que contou ainda com as presenças do director Nacional de Pesca e Aquacultura, da gestora do Fundo Autónomo das Pescas, da Associação de Pescadores local e da empresa contratualizada para o serviço.
O governante lembrou que o projecto de fibragem está sendo feito a nível nacional e só em São Pedro teve um custo à volta de dois mil contos.
“O objectivo principal é estancar a degradação dos botes, garantir que haja mais segurança e que possam ir mais longe”, sublinhou.
Segundo a mesma fonte, nas próximas fases vão introduzir também formações para novas formas de pesca, porque, como disse, “os peixes estão lá, só que agora não se consegue pescar as mesmas espécies a que se está acostumado”.
“Temos que nos adaptar, porque a natureza está a mudar, é normal ter escassez e não haver tanta quantidade como antigamente, mas, todos nós temos que melhorar”, lançou Abraão Vicente, assegurando que na segunda fase todos os outros botes que não foram contemplados vão ser fibrados.
O presidente da Associação de Pescadores de São pedro, Luís Andrade, por seu lado, considerou ser um “acto muito importante”, que vai melhorar as embarcações para durarem mais tempo, “embora não melhore a situação da pesca em si.
Mesmo assim, Luís Andrade diz-se muito agradecido e com esperança que outras embarcações sejam contempladas na próxima fase já prometida.
Faustina Andrade, também foi outras das beneficiárias e que também agradeceu o gesto do ministério, já que, asseverou, neste momento em São Pedro nem há carpinteiros para fazer a reparação dos botes.
Durante a sua intervenção, o ministro do Mar, Abraão Vicente, abordou ainda uma outra questão relacionada com uma denúncia feita pelos pescadores locais de estar uma empresa estrangeira a fazer a exploração da actividade de observatório de tartarugas.
“Mas, não há nenhuma empresa estrangeira que tenha licença para essa actividade”, assegurou a mesma fonte, garantindo que não há licença dada nem pelo Instituto Marítimo e Portuário (IMP), nem pela Direcção Nacional de Pescas e nem pela Direcção do Ambiente.
Daí, o apelo aos moradores para ajudarem o ministério a fiscalizar o processo, já que a actividade de observatório de tartarugas é algo “apenas para a comunidade de São Pedro e para que tenha uma fonte de rendimento”.
Caso houver alguma empresa a fazer esse trabalho fora do quadro regulamentar, segundo a mesma fonte, vai ser penalizada.
LN/JMV
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