Mindelo, 17 Mar (Inforpress) – O primeiro-ministro reconheceu hoje que o Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), em São Vicente, necessita de mais quadros, quer monitores, quer psicólogos, mas em permanência, e prometeu aproveitar as três oficinas ali inoperantes para formações.
Ulisses Correia e Silva, com efeito, cumpriu na manhã de hoje um programa de visitas a três instituições e associações que cuidam de crianças e adolescentes na ilha, e, concretamente no ICCA, considerou que a instituição precisa reforçar o seu quadro de pessoal, porque estão alguns estagiários, que nesta qualidade entram e saem e, por isso, não garantem um quadro permanente.
Da mesma forma, disse ter constatado que ali existem três oficinas inoperantes com instalações próprias e monitores disponíveis, pelo que vai dar orientações ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para “rapidamente” se criar uma “condição boa” de parceria para que possam aproveitar as instalações, os equipamentos e os materiais.
“Estas instalações vão servir para dar formação a toda esta rede de cuidadores e de cuidados que existe hoje e também para formação externa”, concretizou o primeiro-ministro, para quem se trata de “um bom empreendimento” que tem que ser “mais rentabilizado”.
Sobre as visitas ao Centro de Dia Orlandina Fortes, à Associação Novos Amigos e ao Centro de Acolhimento Irmãos Unidos, o chefe do Governo disse que permitiram reconhecer o “bom trabalho” que estas associações e organizações não-governamentais têm estado a fazer no sentido de garantir a “boa protecção” às crianças, adolescentes e jovens, nomeadamente aquelas que vêm de famílias mais carenciadas e que têm necessidade de um apoio adicional.
Da mesma forma, disse que as visitas permitiram ainda constatar que o Programa Nacional de Cuidados tem estado a ser “muito efectivo”, porque tem estado a apoiar não só a rede de cuidadores e a formar cuidadores, pelo que deixou “um comprometimento” de continuar a fazer este “bom investimento” na área social.
“Porque cada criança que protegemos, que tiramos da rua ou que evitamos que seja objecto de abuso sexual é um retorno positivo para a sociedade”, concretizou Ulisses Correia e Silva, que lembrou os “incentivos, estímulos e investimentos” do Governo, através do Ministério da Inclusão Social.
“Relativamente às ONG o compromisso do Governo é continuar a desenvolver boas parcerias”, concluiu o primeiro-ministro.
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