São Vicente: Federação Cabo-verdiana de Xadrez cancela Open 2023 por falta de respostas para ter verba necessária

Mindelo,16 Set (Inforpress) – O presidente da Federação Cabo-verdiana de Xadrez anunciou, hoje, o cancelamento do Open de Xadrez 2023, que deveria acontecer na Ponta do Sol, Santo Antão, por falta de respostas do Governo que impediu ter a verba necessária para o evento.

Segundo Francisco Carapinha, apesar do Open 2022 ter sido muito bem organizado, muito falado e ter sido considerado o melhor de África nesse ano, a edição desta competição de 2023 não foi possível devido à falta de respostas do Governo, através do Instituto do Desporto e da Juventude (IDJ).

“O Open do ano passado, assim como estava previsto este ano, foi um dos poucos em que a Federação Internacional de Xadrez de Cabo Verde (Fide) deu apoio. Este ano, deu apoio a 50 open em todo um mundo, e somente oito em África é que tiveram apoio e um deles era o nosso”, explicou a mesma fonte, para quem a própria federação internacional da modalidade decidiu aumentar a ajuda ao projecto, o que, lamentou, não aconteceu por parte das autoridades nacionais.

Segundo Francisco Carapinha, a perspectiva era que o Open fosse realizado em Abril, mas, porque o timing estava curto, refizeram o projecto, aprazando o evento para Setembro, e entregaram-no ao IDJ. Entretanto, acrescentou, até este momento não obtiveram resposta pelo que decidiram cancelar a prova.

“O open estava para ser realizado na Ponta do Sol, em colaboração com a Câmara Municipal da Ribeira Grande (Santo Antão), mas não havendo respostas, lamentamos, mas, não conseguimos arranjar a verba necessária para levar o open 2023 a frente”, informou.

“Na carta que recebemos da Federação Internacional de Xadrez, em resposta à nossa comunicação do cancelamento, disseram que foi uma pena o cancelamento pois definitivamente o CV Open 2022 foi o melhor de África em 2022. Nós tivemos no ano passado o melhor de África e deitamos-lhe fora”, criticou.

Para Francisco Carapinha esta situação mostra o descaso em relação à modalidade, inclusive, lembrou, o descaso também foi visível durante o campeonato nacional em que os campeões da modalidade não foram premiados.

“O Xadrez, infelizmente, parece que não é considerado desporto e os campeões não foram premiados. No ano passado, no Campeonato Africano de Xadrez, nós fomos 6º, em igualdade pontual com o 4º, e, neste momento, somos bicampeões da nossa zona africana. Já temos títulos, algo que nos orgulha, mas parece que cá dentro o xadrez não existe”, arrematou.

CD/JMV
Inforpress/Fim

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