Mindelo, 21 Dez (Inforpress) – O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, procedeu hoje, no Mindelo, ao lançamento do projecto hoteleiro Golden Tulip, que disse representar, juntamente com outros projectos também visitados, o momento de viragem que a ilha estava a precisar.
O hotel, cujas obras devem arrancar, efectivamente, no início do próximo ano, é, segundo o chefe do executivo, um “empreendimento importante” para São Vicente e Cabo Verde, com um “investimento grande”, de quase 13 milhões de contos, para a realidade do país.
Ulisses Correia e Silva apontou a relevância do projecto, que vai mudar a realidade da ilha junto com outros quatros empreendimentos hoteleiros, que visitou também no dia de hoje.
“É importante porque isto cria escala, dimensão para a economia de São Vicente, particularmente como um sector como o turismo”, ressaltou, adiantando estar São Vicente “precisar deste momento de viragem”.
É importante, conforme a mesma fonte, que cada ilha seja um “grande produtor de riqueza” e São Vicente é uma prova disso, uma vez que com os quatro hotéis em construção, e dois para arrancar brevemente, está-se a aumentar o número de camas, a oferta turística e a colocar a ilha como um “destino turístico de facto”.
“Preparemos para estar em condições de trazer para São Vicente grandes eventos”, lançou, apontando como exemplo a regata Ocean Race, que visitará Mindelo em Outubro de 2021, e deverá trazer várias pessoas.
Para Ulisses Correia e Silva tudo isso só é possível graças ao “trabalho em conjunto” entre os “investidores com a força empreendedora e o Governo como parceiro na procura de melhores condições de financiamento”.
A mesma parceria ressaltada pelo representante da promotora Matiota Investimentos, Alexandre Novais, que explicou que este empreendimento, a erguer-se nas imediações da praia da Laginha, fará parte da cadeia Louvre Hotel, segundo maior grupo hoteleiro europeu e quarto a nível mundial.
Trata-se, segundo a mesma fonte, de um empreendimento quatro estrelas +, com capacidade de 169 quartos, numa primeira fase, e com possibilidade de aumentar para 214 numa fase posterior, com dois restaurantes, um bar e um centro de conferência de 600 lugares.
O Gold Tulip, ajuntou, vai ser explorado pelo grupo Louvre, mas toda mão-de-obra à parte do director-geral, irá ser recrutada localmente, devendo atingir até 250 postos de trabalho.
Na fase de obras, que devem começar, a princípio, no primeiro trimestre de 2020 e com 18 meses de duração até Dezembro de 2021, deverão ser contratados entre 300 a 500 trabalhadores, conforme Alexandre Novais.
“É algo que terá impacto directo e imediato”, garantiu, com a ideia de um projecto de “arquitectura leve e menos evasivo possível”.
O hotel deverá ocupar um dos espaços da Alfândega do Mindelo, mas, que, segundo a mesma fonte, já está salvaguardada com um acordo de cedência de terreno pelo Governo que vai ser construído pelos próprios promotores do hotel.
A cerimónia de primeira pedra contou ainda com o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, que considerou ser um “momento especial há muito aguardado” e para a qual a edilidade está “aberta” para “tudo fazer” a fim de efectivar a inauguração do empreendimento em 2021.
Quanto a visita de Ulisses Correia e Silva, prolonga-se pela noite de hoje com um encontro com os empresários de São Vicente.
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