Mindelo, 26 Mar (Inforpress) – O espectáculo “A Cidade do Café”, do Grupo Teatral do Centro Cultural Português do Mindelo fez, na noite de sexta-feira, as delícias do público mindelense que se reviu em cada uma das histórias contadas.
Na noite de estreia, a peça tirou risadas e muitos aplausos dos que assistiram, como Jéssica Monteiro e Ivan Gomes.
“Acho que cada um dos sanvicentinos já presenciou ou ouviu contar uma dessas peripécias que a peça retrata, é a mais pura das verdades”, considerou Jéssica Monteiro.
Ivan Gomes também é da mesma opinião e acredita que ver “A Cidade do Café” é como ver um filme “totalmente verdadeiro” de Mindelo e das suas personagens que passam pelo dia-a-dia.
E era isso mesmo que o Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo pretendia ao apresentar a segunda produção da “Trilogia Mindelo” , tal como avançou antes à Inforpress o encenador, João Branco.
Segundo a mesma fonte, a intenção era colocar a cidade à frente do espelho e o conseguiram através das personagens como o político, Ney e a esposa, Concha, que queriam a todo custo ser presidente e “primeira-dama”, respectivamente, da Câmara Municipal de São Vicente.
A antiga prostituta que agora é empresária, a “novinha” que romba os bolsos ao português, que ajuda no marketing político da campanha de Ney em troca de terrenos e outras benesses, ainda a dona de bar, sem papas na língua, e o Txupiriss, a figura homossexual.
A performance dos personagens foi coroada ainda com a interpretação ao vivo de mornas de São Vicente da autoria do compositor Manuel d´Novas e que ganharam novas roupagens com arranjos feitos pelo próprio filho do compositor, Neu Lopes, e cantadas por Lisa Reis.
E um pouco para matar as saudades do Carnaval, houve ainda momentos com a batucada “Ritmos do Norte” e personagens devidamente trajadas que sambaram ao ritmo de batucada e de uma música original da peça com o mesmo título do espectáculo, feita pelo João Carlos Silva, também conhecido por JC.
No final da apresentação da peça, João Branco assegurou que a peça é uma homenagem ao povo mindelense e ao seu Carnaval, que está há dois anos sem ser comemorado devido à pandemia.
Por outro lado, sustentou, a ideia era tentar alegrar um pouco a vida dos mindelenses, que passaram pela pandemia e agora pela guerra na Ucrânia e que, com certeza, terá implicações no País.
A estreia contou com a presença do ministro da Cultura, Abraão Vicente, um dos convidados da estreia do espectáculo, que terá repetição na noite de hoje e no domingo, no Centro Cultural do Mindelo.
A trilogia terá continuidade com uma última produção, já intitulada “Revolução Leopoldina” e que deverá ter estreia em Setembro próximo.
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Inforpress/Fim