São Vicente: Dirigentes e trabalhadores da Frescomar “fartos de ser acusados” fazem marcha pacífica

 

Mindelo, 09 Jun (Inforpress) –  Trabalhadores e dirigentes da conserveira Frescomar marcharam hoje da fábrica, no Lazareto, até a baixa da cidade Mindelo para revelar a indignação que grassa na empresa “por toda a sorte de acusações” que dizem ser alvos.

Na marcha, a qual comparecerem para cima de mil pessoas, segundo a Frescomar, os trabalhadores da empresa ostentavam dísticos com os dizeres: “Contra Frescomar: não à opressão, não ao abuso de poder, não à chantagem, não ao incumprimento da palavra …”.

Miguel Pinto, sócio da empresa, explicou que a indignação resulta das acusações de que a fábrica tem sido vítima, a última das quais, sustentou, relacionada com o mau cheiro sentido pela população de Lazareto e que é atribuída à fábrica.

“Nós não somos culpados da situação do cheiro e isso tem que ficar vinculado, nada tem a ver connosco”, precisou, categórico, o responsável, justamente nas vésperas de uma manifestação programa pelos habitantes da localidade de Lazareto, vizinha à fábrica, este sábado, para denunciar mais uma vez a situação.

Miguel Pinto lembrou que a empresa Frescomar utiliza a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de São Vicente “como qualquer outra empresa ou utente”, mas que o “problema central é o sub-dimensionamento” da ETAR.

“Quando temos sete ou oito estações de tratamento de resíduos líquidos que estão ligadas à ETAR e são todos na mesma dimensão, só o Lazareto e a fábrica representam mais de um terço dos resíduos líquidos que são libertados para a ETAR”, lembrou Miguel Pinto, indicando que a empresa tem colaborado sempre.

“As coisas não funcionam, estamos a procurar soluções e isso leva um tempo”, ajuntou.

Confirmou que existem negociações entre a empresa e a câmara, que “está engajada” na procura de uma solução, que visam estabelecer uma ligação directa da Frescomar à ETAR, num processo que “leva o seu tempo”.

“As pessoas dizem mal de nós sem saber o que estão a dizer, nos criticam sem nos conhecer, não fazem nada e dão-se como eruditos a falar de tudo e de todos”, concluiu Miguel Pinto, que espera uma solução “à velocidade” da Frescomar.

AA/CP

Inforpress/Fim

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