Mindelo, 01 Jun (Inforpress) – O Dia Internacional das Crianças serve para despertar a consciência e a seriedade da luta contra a violência e exploração das crianças, disse, hoje, o delegado do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), em São Vicente.
Segundo Humberto Bruno, que falava à Inforpress a propósito de uma marcha de conscientização realizada pelo ICCA, na cidade do Mindelo, apesar de ser um dia para “celebrar e deixar as crianças serem crianças”, e por se tratar de uma intuição voltada para a protecção das crianças, o ICCA, não pode descurar da sensibilização sobre a necessidade de se erradicar os abusos perpetrados contra as crianças.
“Sempre vai ser um dia para trazer consciência para trazer essa seriedade também nessa luta contra a violência, contra ao abandono e contra a falta de responsabilidade dos pais que também existe em Cabo Verde. Como não existe uma lei de responsabilidade parental essa é uma questão que vem criando um campo enorme de dificuldades para a sociedade cabo-verdiana”, declarou o jovem recém-nomeado delegado do ICCA.
Neste sentido, explicou, a marcha teve como objectivo chamar a atenção para a negligência, o abandono, o abuso e exploração sexual de crianças e ainda para os direitos da criança, mas “sem tirar o lado leve” desse dia.
“Hoje, o intuito é deixar as crianças serem crianças, mas também chamar a atenção da população para os direitos da criança e chamar a atenção para a questão da educação, como lidar com as crianças, qual é a importância de a criança ser criança, como é que os adultos devem se relacionar com elas e qual é a importância da criança na nossa sociedade”, frisou.
Além da marcha de conscientização, o delegado do ICCA explicou que a instituição vai oferecer, durante o dia de hoje, um leque de actividades para as crianças lá institucionalizadas, com destaque para jogos tradicionais, música, poesia, actuação de cantores, entrega de prémios para que possam brincar juntos e um almoço colectivo.
Mas Humberto Bruno, também informou que vai estar “muito atento à questão psicológica”, pelo que vai observar como é que os monitores estão a lidar com as crianças no ICCA e, através disso, “promover um crescimento das crianças e de todos”, que lá trabalham.
CD/CP
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