Mindelo, 25 Abr (Inforpress) – O Centro Cultural Português do Mindelo exibe hoje o filme “Salgueiro Maia – O Implicado” que retrata a vida de um dos “heróis” da Revolução dos Cravos do 25 de Abril de 1974, em Portugal.
A apresentação do filme, que se estreou agora em Abril nos cinemas de Portugal, está marcada para a noite desta segunda-feira no Centro Cultural Português do Mindelo.
“Salgueiro Maia – O Implicado”, conforme a sinopse, constitui o primeiro retrato, a projectar no grande ecrã, daquele que é considerado o herói e o símbolo mais puro do 25 de Abril de 1974.
“Fernando Salgueiro Maia, o anti-herói não ocasional, produto de uma formação académica e militar, foi um homem que soube pensar o futuro, seguir as ideias, contestando-as, vivendo uma vida cheia, alegre e fértil, solidária e sofrida – se não tivesse morrido prematuramente aos 47 anos, teria agora 75”, lê-se na sinopse.
Conforme a mesma fonte, o filme-documentário da autoria de Sérgio Graciano, “através de uma abordagem moderna, intimista e emocional”, retrata as histórias que ainda não foram contadas sobre o Capitão de Abril.
“As pequenas revelações que permitem perceber melhor de onde vinha a moderação, a valentia, a educação e a firmeza com que sempre se apresentou publicamente, e que foram a chave para que a Revolução dos Cravos tenha sido como foi”, refere a sinopse.
Mais do que um docudrama, Salgueiro Maia – O Implicado é uma história de ficção baseada em factos históricos, relatos pessoais, revelações íntimas, emoções reais de quem acompanhou o capitão ao longo de toda a vida.
Trata-se de um filme que revela o outro lado de uma personagem mítica e que presta homenagem ao homem, ao estudante, ao militar, ao pai, ao amigo e ao ímpar militar de Abril.
O filme vai ser também apresentado hoje na Cidade da Praia, no auditório do Centro Cultural Português, pelas 19:00.
A Revolução dos Cravos foi o movimento que derrubou o regime salazarista em Portugal, em 1974, de forma a estabelecer as liberdades democráticas promovendo transformações sociais no país.
No dia 25 de abril de 1974, explode a revolução. A senha para o início do movimento foi dada à meia-noite através de uma emissora de rádio, a senha era uma música proibida pela censura, Grândola Vila Morena, de Zeca Afonso.
Os militares fizeram com que Marcelo Caetano, que substituiu Salazar após este ter tido um derrame cerebral, fosse deposto, o que resultou na sua fuga para o Brasil.
A presidência de Portugal foi assumida pelo general António de Spínola. A população saiu às ruas para comemorar o fim da ditadura e distribuiu cravos, a flor nacional, aos soldados rebeldes em forma de agradecimento.
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