Mindelo, 04 Out (Inforpress) – A presidente da Liga Cabo-verdiana Contra Cancro (LCCC) garantiu hoje, no Mindelo, que as associações de luta contra a doença estão à procura de técnicos que possam fazer manutenção de dois mamógrafos a serem adquiridos.
Conceição Pinto falava à imprensa, no Mindelo, a propósito das comemorações do Outubro-Rosa, de luta contra o cancro da mama.
Segundo a mesma fonte, está ainda em andamento o projecto anunciado no início do ano e que partiu da iniciativa da LCCC, São Vicente, em parceria com a Associação Cabo-verdiana de Luta Contra o Cancro, Cidade da Praia, e Unidos contra o cancro, Santo Antão, para aquisição, através da ajuda nacional e internacional, de dois mamógrafos móveis para reforçar o sistema de prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama.
Entretanto, ajuntou, é um “processo complicado” tendo em conta que são equipamentos sensíveis e para o transporte e sendo assim, além de comprar o equipamento, será preciso um “bom apoio técnico”.
“Porque os aparelhos precisam ser afinados e sabemos que vai haver falhas e com o transporte será preciso arranjos, então, assim como é importante arranjar dinheiro para aquisição dos equipamentos, é preciso arranjar dinheiro para a sua manutenção”, advogou, adiantando que estão em contacto com parceiros internacionais para o devido aconselhamento.
Conceição Pinto falou ainda na possibilidade de terem uma equipa técnica local, mas, recorrendo a uma assessoria técnica no exterior para a manutenção e ainda para a leitura das mamografias, uma vez que há “escassez” de radiologistas no País.
Entretanto, para a aquisição, conforme a mesma fonte, o projecto, além das instituições cabo-verdianas, conta agora com o apoio da associação de médicos cabo-verdianos nos Estados Unidos, que já começaram a mobilização de recursos.
O processo também está a ser auxiliado, adiantou a responsável pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, que tem “muita experiência” na matéria e ainda pela Associação Amigas do Peito, também em Portugal.
Quanto às comemorações do mês de Outubro, que têm servido para reforçar as acções de prevenção e rastreio, a LCCC tem programado uma série de actividades voltadas para o apoio psicológico de doentes, familiares e dos profissionais da saúde, que “também sofrem bastante com o aspecto de doença oncológica”, uma vertente do cancro, que, segundo Conceição Pinto, “não tem sido dada tanta importância”.
Por outro lado, a liga, assegurou, tenta combater as “falhas de comunicação” existentes entre os profissionais da saúde, o doente e os familiares.
Neste sentido, desde 01 de Outubro está em andamento um programa que inclui curso de psicooncologia para técnicos de saúde, o segundo simpósio sobre cancro da mama sob o tema “Abordagem multidisciplinar” e ainda lançamento, na cidade do Mindelo e da Praia, do livro “O que faço? Tenho cancro da mama” de Emília Vieira, cirurgiã oncológica do Hospital Santa Maria, Portugal, que também vai ser a homenageada na gala da liga.
A programação, marcada para até o final do mês, contempla ainda feiras de saúde em localidades como Ribeira Bote e Calhau, caminhada Rosa, no dia 30, e ainda ensino de auto-exame da mama, na sede da LCCC e nas localidades.
LN/CP
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