São Vicente/Arranque ano lectivo: Delegado de Educação garante início “tranquilo” das aulas (c/áudio)

Mindelo, 18 Set (Inforpress) – O delegado de Educação em São Vicente assegurou que as aulas iniciaram-se hoje de “forma tranquila”, não obstante a mobilização de cerca de 30 alunos das zonas de Lameirão e Ribeira de Vinha.

“Iniciamos com tranquilidade, responsabilidade e num clima de muito diálogo com a comunidade educativa”, garantiu Jorge da Luz à imprensa hoje, no Mindelo.

Segundo a mesma fonte, a maior parte dos 15 mil alunos esperados para este ano, já estão matriculados, embora ainda haja algum atraso. Daí, o apelo aos pais e encarregados de educação para “terem a responsabilidade de matricularem os seus filhos atempadamente”.

Por outro lado, afiançou Jorge da Luz, todos os professores transferidos e colocados em São Vicente já estão nas suas escolas e entre hoje e terça-feira serão alocados os professores em prestação de serviço, devido às licenças sem vencimento, de maternidade e outras relacionadas com a saúde.

Quanto às infra-estruturas escolares, todas, di-lo o delgado, estão a funcionar, sendo 29 do ensino básico, e cinco do ensino secundário, inclusive, sublinhou, o Liceu Ludgero Lima e a Escola João José dos Santos, que ainda estão em obras, mas, com trabalhos que “não vão interferir no andamento normal das aulas”.

O ano lectivo no concelho tem como uma das novidades o encerramento das escolas de Lameirão e Ribeira de Vinha por falta de alunos, mas, conforme a mesma fonte, a deslocação dos alunos para a Escola Semião Lopes, em Bela Vista, e Escola Anísia do Rosário, em Campim, respectivamente, decorreu com “tranquilidade”.

“Conversamos com os pais e o processo foi tranquilo, porque reconhecem que a socialização dos alunos, oportunidade para brincadeira e melhor conhecimento pode ser efectuado numa escola com maior comunidade”, explicou, deixando a ressalva de que se as zonas voltarem a crescer em termos de alunos, as escolas voltam a funcionar.

Jorge da Luz afiançou que a escola de Lameirão, que neste momento só tinha dez alunos, e a de Ribeira de Vinha, com 21, não vão ser abandonadas, também porque são “espaços sociais”.

A Inforpress soube ainda que a Escola 2ª Companhia, em Chã de Cricket, tem um número alto de repetentes, que estão a ser integrados nas turmas de alunos não repetentes, inclusive, soube-se de um caso de aluno de 16 anos colocado numa turma do 4º ano com crianças de 9-10 anos.

Uma situação com que a reportagem confrontou o delegado de Educação que defendeu ser a transferência feita em nome da inclusão.

“Estamos a fazer um trabalho de inclusão para que não haja as ditas turmas repetentes, que têm vindo a trazer grandes constrangimentos”, considerou Jorge da Luz, adiantando ser um “processo interno das escolas, mas, feito em diálogo” com as famílias, responsáveis das escolas e directores.

O arranque das aulas, em São Vicente, deve contar com 11 mil alunos no ensino básico, quatro mil no secundário, mil professores e entre 250 e 300 operacionais.

Jorge da Luz deixa uma palavra de incentivo a toda a comunidade educativa, particularmente, aos estudantes, a quem diz para aproveitarem as oportunidades e os conhecimentos, aos pais e encarregados para estarem “mais perto das escolas e acompanharem os educandos”, e aos professores a quem deseja “muita paciência e muita responsabilidade”.

LN/HF

Inforpress/Fim

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