São Vicente: Agentes prisionais anunciam greve para finais de Julho ou início de Agosto – Sintap

Mindelo, 17 Jul (Inforpress) – O secretário permanente dos sindicatos dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap), Luís Fortes, avançou, no Mindelo, que os agentes prisionais deverão partir para greve, a nível nacional, em finais de Julho ou início de Agosto,

O pré-aviso de greve foi feito durante uma conferência realizada nesta quinta-feira, no Mindelo, em que Luís Fortes assegurou que há mais de dois anos, que os agentes prisionais e o Ministério da Justiça discutem um novo estatuto para a classe, mas a nova proposta “não é explícita em relação a algumas matérias já acordadas”.

“O que não nos dá garantia da sua efectivação, o que acordamos deveria estar espelhado no estatuto e não deixar para ser regulamentado depois de um decreto de lei”, sustentou o responsável do Sintap, que avançou algumas reclamações com a nova grelha salarial, mas também com as funções e cargos.

O descontentamento dos agentes é ainda mais agravado, segundo a mesma fonte, porque o ministério tem tentado aprovar o estatuto “à revelia da classe”, explicando que o regulamento “não corresponde às expectativas.

“Por isso, que trazemos isto a público para forçar o Ministério (da Justiça) para sentar à mesa para novas negociações”, reiterou, adiantando assim a intenção de partirem para greve em finais de Julho ou início de Agosto, a nível nacional, e por sete dias.

Luís Fortes confirmou que podem ir mais longe, se for o caso, solicitando o veto do Presidente da República em relação ao estatuto, que “não foi devidamente socializado com os sindicatos”.

O secretário permanente do Sintap denunciou outras situações que vêm prejudicando os agentes prisionais, como as horas extras que não são pagas “há mais de dois anos”, “péssimas condições de trabalho e insegurança” nas cozinhas e agentes prisionais/enfermeiros, que não são enquadrados no nível de licenciatura.

Por outro lado, sublinhou a mesma fonte, o sindicato está solidário com o presidente da Associação dos Agentes Prisionais a quem foi atribuído uma pena de suspensão de dois meses por ter feito algumas denúncias no Parlamento, sobre das condições de trabalho da classe.

LN/JMV

Inforpress/Fim

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