São Filipe: “O primeiro ano é sempre difícil, sobretudo quando é marcado por estados de calamidade e de contingência” – Nuías Silva

São Filipe, 19 Nov (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva, considerou que o primeiro ano da governação “é sempre difícil”, sobretudo quando é marcado por estados de calamidade e de contingência.

Ao fazer o balanço do seu primeiro ano à frente da câmara, Nuías Silva disse que decorreu em “tempos difíceis” com a tomada de posse em pleno estado de calamidade e de contingência com sucessivas renovações.

No dizer do autarca, esta situação “condicionou grandemente”, a actividade de governação central e local, mas que, não obstante este período difícil, o balanço “é extremamente positivo” por um conjunto de situações.

Nuías Silva disse que encontrou “uma câmara desorganizada, completamente endividada e com processos complexos”, adiantando que hoje ela está organizada, em matéria de prestação de serviço, de tramitação de processos e resposta rápida aos pedidos.

Com relação à dívida, Nuías Silva indicou que quando assumiu a gestão a Câmara Municipal de São Filipe tinha uma dívida a rondar os 300 mil contos com as instituições bancárias e cerca de 50 mil contos com terceiros, além de processos pendentes complexos, mas que estão sendo resolvidos.

“Encetamos processo de reestruturação da dívida e de uma prestação mensal de mais de quatro mil contos/mês passamos para uma prestação mensal a rondar os 2.500 contos, sem aumentar a dívida para com as instituições bancárias”, disse o autarca, sublinhando que em relação aos comerciantes, as dívidas reconhecidas começaram a ser paga, estando outras em fase de reconhecimento e justificação, razão pela qual ainda permanece um conjunto de dívidas por liquidar.

Além de dívidas, Nuías Silva salientou que não houve passagem do dossiê o que permitiria a sua equipa imprimir nova dinâmica, e nem encontrou projectos que pudessem dar continuidade.

Fez saber que não encontrou projectos de arrelvamento do campo de Ponta Verde, do estádio 5 de Julho, da requalificação do centro histórico e da asfaltagem das principais artérias, assim como não existia concertação entre o empreiteiro e o dono da obra, e foi a câmara a elaborar os projectos e propor medidas em relação a requalificação como a introdução de lancis, pavês, inclusão da rua de Maria Augusta até o largo Pedro Cardoso, entre outras.

No domínio da saúde, apontou a aquisição de uma unidade de saúde móvel e uma ambulância, ambas completamente equipadas.

No domínio social, além da reabilitação de algumas casas na cidade e no interior, a câmara lançou um projecto estruturante e vai arrancar ainda este ano com reabilitação de 65 moradias e 10 casas de banho, num valor superior a 20 mil contos.

No sector de saneamento, o edil salientou que neste momento existe uma situação “mais confortável” em relação a encontrada e que celebrou um protocolo e contrato programa com Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANAS) e Governo para deslocalização da lixeira e construção do aterro controlado.

Nuías Silva reconhece que ainda não foi possível fazer a deslocalização porque o desembolso solicitado há três meses ainda não aconteceu devido a pequenos problemas que estão sanados, esperando que a primeira tranche venha a ser disponibilizada ainda este mês para que se possa iniciar em Dezembro o acesso ao aterro controlado e arrancar, assim, o processo de selagem da lixeira actual e transformá-la num activo ambiental.

A primeira fase de abastecimento de água a zona norte alta com início de ligação domiciliária de 350 famílias, a implementação da segunda fase que deve ficar concluída em Janeiro, electrificação de Salinas, reactivação de cooperação com instituições de ensino profissional e superior de Portugal, início de instalação de ensino superior na região, arruamentos, instalação de parques infantis, formação, promoção da cultura, foram outros ganhos resultantes do primeiro ano de mandato.

“Estamos a construir a ponte para o futuro, e, no espaço de um ano e meio, a contar do primeiro ano, tenho certeza de que os sanfilipenses virão tudo aquilo que prometemos, em estado avançado de implementação, e não vamos desculpar, nem com a crise, nem com a pandemia e outras dificuldades que temos encontrado”, rematou.

JR/CP

Inforpress/Fim

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