Porto Novo, 25 Jul (Inforpress) – Os serviços do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) em Santo Antão asseguraram hoje que, apesar da “situação hídrica complicada” por causa da seca, os 46 furos existentes em toda ilha continuam “estáveis”.
O delegado do MAA no Porto Novo, Joel Barros, esclareceu que “não há furos em falência técnica” em Santo Antão, mesmo sabendo que a ilha está a enfrentar vários anos de seca consecutivos, que têm impacto na recarga dos lençóis freáticos.
Os deputados do PAICV, oposição, eleitos por Santo Antão disseram hoje à imprensa que a água para agricultura é “cada vez mais escassa” em Santo Antão “tendo em conta a redução das precipitações”, mas também devido à “má exploração de alguns furos que estão em falência técnica”.
O MAA, através do delegado no Porto Novo, reagiu, esclarecendo que todo os furos, a excepção de dois, situados em Lombo de Santa e em Recantinho, Ribeira dos Bodes, cujo caudal diminuiu, estão “estáveis” porquanto têm sido acompanhados periodicamente pelos técnicos da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANAS).
O acompanhamento é feito mensalmente e lá onde há redução do caudal a ANAS, a única instituição com competência para decretar falência técnica de um furo, faz recomendações às associações responsáveis pela gestão dos mesmos furos, explicou Joel Barros, que adiantou que, por causa da situação hídrica difícil, tem-se feito “uma vigilância apertada” dos furos.
Para este responsável, as declarações dos eleitos nacionais do PAICV sobre a falência técnica de alguns furos “não correspondem à verdade”, tranquilizando assim os agricultores que todos estes sistemas de produção de água estão a funcionar na normalidade.
Existem em Santo Antão 46 furos em exploração, 26 dos quais na Ribeira Grande, 17 no Porto Novo e três no Paul.
JM/CP
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