Cidade da Praia, 22 Set (Inforpress) – O ministro da Agricultura e Ambiente disse hoje que o Governo está “realista” de que as condições ecológicas impedem a erradicação total da praga dos mil-pés na ilha de Santo Antão, apontando o seu controle como estratégia.
Gilberto Silva fez estas considerações à imprensa no acto de assinatura do contrato de concessão do serviço de gestão, exploração e distribuição de recursos hídricos para a rega com a empresa Águas de Rega, ao ser questionado sobre as politicas para mitigação da praga dos mil-pés que estão na origem de um embargo prolongado na ilha de Santo Antão mas que, segundo o mesmo, o Governo não quer que se propague às outras ilhas do País.
“A balança que nós temos é: ou mantemos a situação numa ilha ou deixamos que a situação se espalhe às demais ilhas. E nós evidentemente aquilo que estamos a fazer é em estrito cumprimento da lei e das boas práticas, mas devemos, de facto, facilitar sim a exportação dos produtos transformados de Santo Antão que é um grande transportador para todas as ilhas”, admitiu o ministro.
O governante disse que há vários incentivos a nível do próprio orçamento do Estado, no sentido de fazer a máxima transformação dos produtos agrícolas de Santo Antão e poder aceder assim aos mercados das outras ilhas, por outro lado, é criar as condições para exportação para algumas ilhas turísticas.
Conforme referiu o ministro, o Governo assinou um convénio com a China para desenvolver actividades de investigação e algumas acções para controlar a praga.
“Mas nós não pensamos que com isso vamos erradicar a praga, temos de ser realistas que as condições ecológicas na ilha não vão permitir que possamos erradicar a praga dos mil-pés no seu todo e com urgência nos próximos tempos”, frisou.
Segundo Gilberto Silva, no ano transacto, varias investigações e actividades foram desenvolvidas, pelo que seria “mais realista” pensar em ter o controle da praga do que a sua erradicação.
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