Santo Antão: FAO disponível para apoiar candidatura da ilha a património da humanidade

Porto Novo, 12 Abr (Inforpress) – A representação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em Cabo Verde está disponível para apoiar uma eventual candidatura da ilha de Santo Antão a património da humanidade.

A representante da FAO em Cabo Verde, Ana Laura Touza, em mensagem dirigida hoje por ocasião do lançamento do Ano Internacional das Montanhas, cujo acto teve lugar em Santo Antão, disse ter conhecimento de que os municípios santantonenses desejam a classificação desta ilha à categoria de patrimônio da humanidade.

Disse também ter a informação de que o Governo está a trabalhar para promover Santo Antão entre as 20 ilhas mais belas do mundo.

“Uma pretensão mais do que justa. A FAO estará sempre disponível para apoiar os esforços para se conseguir esses objectivos”, declarou a representante desta organização internacional em Cabo Verde.

Para já, a ilha de Santo Antão, mais concretamente o parque natural de Cova/Paul/Ribeira da Torre, está identificada pela FAO como “proposta” para integrar os Sistemas Importantes Agrícolas Património da Humanidade (SIPAM), criados em 2002, pela FAO.  

Em todo o mundo, existem 62 SIPAM distribuídos por 92 países, segundo a FAO, que está a par de 15 novas propostas de oito países, dos quais Cabo Verde, que já propôs a designação do parque natural de Cova/Paul/Ribeira da Torre, em Santo Antão, como SIPAM.

Os SIPAM são sítios ricos em biodiversidade e recursos genéticos que representam o sustento das populações, apresentando ainda diversidade de paisagens de alto valor estético.

Em 2019, o parque natural de Cova/Paul/Ribeira da Torre, considerado o maior centro de biodiversidade de plantas endémicas em Cabo Verde, com 36 espécies, foi galardoado com o prémio internacional Melina Mercouri da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) para a salvaguarda e gestão de paisagens culturais.

Grande parte do parque natural Cova/Paul/Ribeira da Torre, com uma área de 2.092 hectares, fica no perímetro florestal do Planalto Leste, declarada em 2009 reserva florestal.

O Governo já admitiu que algumas regiões de Santo Antão, além do “grande potencial económico e ambiental”, têm ainda “particularidades” que podem levar a Unesco a atribuir o tal estatuto de património da humanidade.

JM/ZS

Inforpress/Fim

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