Porto Novo, 13 Abr (Inforpress) – A Associação dos Agentes Sanitários de Santo Antão alertou hoje para os problemas que afectam a classe nesta ilha, que se prendem, sobretudo, com a falta de formação e “alguma discrepância” a nível da tabela salarial.
Manuel Andrade, presidente desta associação, informou que, além disso, os agentes sanitários em Santo Antão têm sido ainda obrigados a trabalhar para além do período normal, estipulado pelo código laboral (oito horas por dia), situação que, avisou, está a gerar o “desagrado” desses técnicos de saúde.
Mesmo com a implementação do novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), em 2013, os salários de muitos agentes sanitários não foram actualizados, situação que, segundo este responsável, está a preocupar a associação que dirige.
O não pagamento do subsídio de isolamento para os agentes sanitários que trabalham em zonas afastadas constitui outra preocupação da Associação dos Agentes Sanitários de Santo Antão.
Essas inquietações são partilhadas, igualmente, pelo Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão (SLTSA) que, esta quinta-feira, reuniu-se com os agentes sanitários do Porto Novo para se inteirar das suas preocupações.
Carlos Bartolomeu, secretário não-permanente do SLTSA, disse que esta organização está, também, preocupada com a situação dos agentes sanitários em Santo Antão, que, a seu ver, “passam por dias difíceis”.
Além de uma melhor integração no quadro do Ministério da Saúde, a classe aufere um baixo salário e não está inserida no sistema obrigatório de protecção social, avançou Carlos Bartolomeu.
Existem, em Santo Antão, 43 agentes sanitários.
JM/ZS
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