Ponta do Sol, 21 Abr (Inforpress) – O presidente da Associação do Desenvolvimento Integrado de Fontainhas (Adi Fontainhas), Davidson Mota, pediu hoje às autoridades local e central que cumpram a promessa do arranque das obras de reabilitação da estrada e da aldeia de Fontainhas.
Em declarações à imprensa, Davidson Mota afirmou que “contrariamente” ao prazo extipulado para o arranque das obras, que seria no dia 02 deste mês, até então “tudo continua parado”.
Uma demora de quase um mês que, segundo o presidente da Adi Fontainhas, tem “indignado” não só os moradores da aldeia, como também os santantonenses, “de forma geral”.
“Estamos cansados de mentiras. Querem lavar os nossos cérebros, fazendo de conta que os trabalhos já arrancaram, com topógrafos fazendo o que podia ter sido feito no âmbito do concurso ou mesmo depois do lançamento da primeira pedra e da devida consignação da estrada”, enfatizou o líder associativo.
Outrossim, prosseguiu a mesma fonte, tal acto é uma “falta de respeito e desconsideração” para com as gentes de Fontainhas, já que no seu entender colocaram o dia estipulado para o arranque das obras, mas quase um mês depois vê-se dois topógrafos a “fingirem” que as obras já arrancaram.
Conforme a mesma fonte, a aldeia de Fontainhas “não está a ter o seu devido valor”, por isso avisou que as suas gentes “não vão ficar caladas” e que, caso as obras não arrancarem, vão sair às ruas para fazer “uma grande manifestação”.
“Não será só a comunidade de Fontainhas que sairá a rua, os santantoneses de modo geral estão a nos apoiar e como nós estão indignados por causa deste atraso” informou.
Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Orlando Delgado afirmou que “contrariamente” ao que dizem, as obras já arrancaram “tal e qual como estava previsto”.
“Toda a obra exige a parte técnica, a equipa de topografia está a fazer o levantamento, há um prazo que o caderno de encargos define claramente que a responsabilidade da elaboração do projecto é da empresa e estão lá a trabalhar, a fazer o projecto para que a obra possa arrancar de forma física” esclareceu.
Segundo Orlando Delgado, as pessoas muitas vezes pensam que o arranque das obras tem que ter máquinas, mas antes tem que haver um projecto para aprovação do dossiê técnico.
A mesma fonte garantiu que “não há nenhum constrangimento “em relação a obra e que os prazos estão a decorrer de forma normal.
No inicio do mês de Março, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, lançou a primeira pedra das obras de reabilitação da estrada e da aldeia de Fontainhas, orçadas em 91 mil contos e com prazo de execução de dez meses.
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