Assomada, 07 Set (Inforpress) – O Hospital Regional Santa Rita Vieira (HRSRV) em Santiago Norte e a equipa médica francesa fizeram hoje um “balanço positivo” desta sexta missão e apontaram as áreas de pediatria e oftalmologia como prioridade da próxima missão.
Esta sexta missão de quatro dias de médicos franceses ao município de Santa Catarina (ilha de Santiago), que terminou hoje, enquadra-se no âmbito de um acordo de parceria entre a Associação de Cabo-verdianos em Amiens, França (ACVA), a Câmara Municipal de Santa Catarina e este estabelecimento de saúde, iniciado em 2018.
Em conferência de imprensa, a directora do HRSRV, Ludmilde Pina, notou que as três especialidades dessa missão, vão ao encontro das necessidades actuais do hospital, que se juntam as da oftalmologia e da pediatria, que foram indicadas como prioridade da próxima missão aprazada para dentro de seis meses.
Mais do que a continuidade da missão, a médica pediu periodicidade da mesma, para que não haja rotura nessas áreas de especialidades.
Em jeito de balanço, informou que a presença destes médicos franceses resultou no atendimento de mais de 250 utentes, tendo enaltecido a qualidade das consultas, graças à presença de dois estudantes cabo-verdianos de medicina no Senegal que ajudaram na tradução.
“Esta missão levou em conta os objectivos do hospital que é trazer cuidados especializados mais próximo possível da população, sobretudo nas áreas de ortopedia, cardiologia e otorrinolaringologia, que são especialidades que estão entre as que são mais procuradas pelos utentes a nível desta região”, declarou a médica ginecologista e obstetra.
Por seu turno, o chefe da missão francesa, professor Olivier Jardé, lembrou que além das consultas, o protocolo prevê formações dos médicos cabo-verdianos, tanto em França como em Cabo Verde.
“É bom estarmos aqui para dar consultas e ministrar formações, mas gostaríamos também que alguns médicos cabo-verdianos fossem fazer treinamento em França”, observou, lamentando a existência de uma “barreira europeia” que tem complicado essa deslocação à França.
Na ocasião, o também responsável do Serviço de Cirurgia Ortopédica e Traumatológica da CHU Amiens-Picardie, destacou a qualidade dos médicos do HRSRV, mas queixou-se da inexistência de alguns equipamentos para a realização de cirurgias materiais, sobretudo cirúrgicos, que segundo ele, não permitiu a realização de procedimentos cirúrgicos.
Por outro lado, assim como os demais dois médicos comprometeu-se em trazer os próprios equipamentos para a realização de consultas e ainda para doarem ao hospital, ‘eco-doppler’ cardíaco e microscópio óptico.
FM/CP
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