Pedra Badejo, 05 Nov (Inforpress)- O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, disse hoje, em Santa Cruz, que tem garantias do Governo de que as medidas do plano de emergência serão executadas em finais de Novembro ou, o mais tardar, no início de Dezembro.
O chefe de Estado deu esta informação aos agricultores e criadores de gado do concelho de Santa Cruz (ilha de Santiago), quando visitava o município para constatar “in loco” os efeitos do mau ano agrícola, fazendo-se acompanhar do presidente de câmara, Carlos Silva, e do delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente local, Manuel Afonso.
Manifestando-se “preocupado” com a situação da seca, Jorge Carlos Fonseca lembrou que antes de iniciar esta visita, reuniu-se na sexta-feira com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e o ministro da Agricultura e Ambiente, que lhe deram detalhes do programa de emergência.
Acrescentou a mesma fonte que Governo também tem a consciência de que se deve agir rapidamente, adiantando que os recursos já estão sendo mobilizados junto dos parceiros internacionais.
Salvamento do gado, acesso a água para beber e para a agricultura e emprego para que as famílias possam ter o mínimo de rendimento para este período de dificuldades para o mundo rural são situações que o mais alto magistrado apontou e que “exigem soluções rápidas e adequadas”.
Jorge Carlos Fonseca, que prometeu usar da sua “influência” para que as soluções e medidas sejam executadas o mais rápido possível, pediu, igualmente, “agilização nos processos e eliminação ao máximo de burocracia, para que o acesso ao crédito “não custe muito ou não tenha custos” e que os meios cheguem atempadamente aos agricultores e criadores de gado.
No concernente a resolução de problemas como furos para acesso a água, em que os agricultores de Santa Cruz, mormente os circundantes à barragem de Poilão pedem com uma certa “urgência”, tendo em conta que a mesma está a secar, o chefe de Estado pediu rapidez nos estudos para que as soluções venham em “tempo certo e adequado”.
“Não se pode pensar no pasto para o gado no meio do mau ano agrícola”, disse, apelando a racionalização dos pastos e a criação de um fundo permanente em caso de seca, erupção vulcânica e catástrofes naturais, ideia que, informou, é também defendida pelo Governo.
“A seca em cabo verde pode acontecer em qualquer ano, nós temos que nos preparar para enfrentar as secas, sem necessidade de no próprio momento estarmos a procurar apoios”, sublinhou aos jornalistas, ajuntando que se o país ambiciona ser “desenvolvido” não tem que ficar a depender de ajudas pontuais dos parceiros internacionais.
Ainda no âmbito do mau ano agrícola, cujos problemas “são os mesmos”, o Presidente da República vai estar esta segunda-feira em Santa Catarina (ilha de Santiago) e posteriormente em outros municípios.
FM/JMV
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