Santa Catarina: RNCEPT promove marcha lenta para apelar à paridade de género em todos os domínios

Assomada, 30 Jun (Inforpress) – A Rede Nacional da Campanha de Educação para Todos promoveu hoje em Assomada, Santa Catarina, uma marcha lenta para chamar a atenção da sociedade civil sobre a igualdade e equidade de género em casa, na escola e no trabalho.

A iniciativa, que se enquadra na comemoração da Semana Acção Mundial para a Educação e de Junho mês da Criança sob o lema “Juntos pela Igualdade do Género em Casa, na Escola e no Trabalho”, conta com a parceria da Câmara Municipal e Delegação do Ministério da Educação de Santa Catarina (ilha de Santiago).

Segundo o secretário-executivo da RNCEPT, Abraão Borges, em Cabo Verde fala-se muito da igualdade de género, entretanto ainda há muita “desigualdade” entre homens e mulheres, defendendo que tanto um como outro devem ter a mesma oportunidade, quer em casa, trabalho e na educação.

“Não basta apenas dizer que temos mais meninas a estudarem, se as mesmas não ocupam cargos de chefias no trabalho”, lançou, pedindo às autoridades a darem uma maior atenção à questão da paridade em todos os domínios.

De acordo com Abraão Borges, a marcha que envolveu profissionais da educação, estudantes, associações de várias áreas e sociedade civil tem ainda como objectivo alertar sobre a questão de meninas e filhos de imigrantes da Costa Ocidental Africana que se encontram fora do sistema escolar, por causa das suas religiões.

O responsável, para quem lugar de crianças é na escola, avançou que a RENCEPT vai lançar um concurso para que se faça uma pesquisa para se saber quantas crianças imigrantes estão fora do sistema escolar, principalmente nas ilhas do Sal e da Boa Vista onde há uma maior incidência de imigrantes.

Por sua vez, o delegado do Ministério da Educação de Santa Catarina, Pedro Monteiro, disse que têm trabalhado na inclusão e também para que haja paridade entre homens e mulheres na gestão, como forma de todos contribuírem em prol de uma educação para todos e inclusiva.

A propósito, assegurou que nos sete agrupamentos escolares e na própria delegação escolar há uma “presença massiva de mulheres”, acrescentando que primam pela questão do género na gestão escolar.

FM/ZS

Inforpress/Fim

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