Assomada, 22 Fev (Inforpress) -Vinte e cinco professores dos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) de todas as escolas do município de Santa Catarina (ilha de Santiago) terminaram hoje uma formação em Metodologia de Trabalho com alunos com deficiências.
A acção de capacitação, que decorreu durante cinco dias, na Residência Estudantil de Assomada, Santa Catarina, foi promovida pela Equipa Multidisciplinar de Apoio a Educação Inclusiva (EMAEI) da Delegação do Ministério da Educação de Santa Catarina e da Direcção Nacional da Educação (DNE), através da Unidade da Educação Especial.
Em declarações à Inforpress, no final da formação, que culminou hoje com a entrega dos certificados, a coordenadora da EMAEI, Sandra Heloisa, explicou que a acção formativa, que se fazia necessidade naquele município do interior de Santiago, objectivou dotar esses professores de ferramentas para trabalhar as crianças com deficiência intelectual na sala de aula.
A acção formativa, que reuniu 25 professores de todas as escolas daquele município do interior de Santiago, foi ministrada pelas técnicas da DNE Neusa Andrade e Fátima Barbosa, que trabalharam várias temáticas, mormente técnicas de metodologias para trabalhar as crianças com deficiência intelectual, conceitos, como fazer a sinalização das crianças com NEE e como elaborar um plano educativo individualizado.
Por seu turno, o professor/formando Mário Jorge Borges disse que esta formação veio em “boa hora”, aliás, desabafou, “pecou” por ter chegado tarde.
A seu ver, esta formação vem ainda lhes trazer “bagagens” mínimas e necessárias para que possam trabalhar com alunos com NEE, tendo em conta que há muitos anos que têm na turma alunos com deficiência intelectual, mas por não estarem dotados de ferramentas não foram capazes de fazer algo que os permitissem desenvolver as suas capacidades intelectuais ou de as preparar para à vida.
Segundo ele, tal formação veio mostra-los quais são as estratégias de como trabalhar com as crianças com NEE, ou seja, alfabetizá-las para que no futuro possam sentir “incluídas” na sociedade, na sala de aula, na escola e ainda para que possam sentir preparadas para à vida.
Por outro lado, Mário Jorge Borges congratulou-se com o facto de existir iniciativas legislativas que protegem as crianças e jovens, mas defende que as crianças com NEE merecem uma “atenção especial” por parte de todo o sistema educativo e das instituições do Estado, neste caso do Ministério da Educação, da família e dos próprios professores.
FM/JMV
Inforpress/Fim