Sal: Obra destingida com o prémio Literário Arnaldo França 2022 apresentada no Festival Literatura Mundo

Santa Maria, 09 Jun (Inforpress) – A obra literária “O Sabor da água da Chuva e Outras Memórias da Amiga Perfeita”, de Joaquim Arena, prémio Literário Arnaldo França 2022, foi lançada hoje em Santa Maria, no âmbito do Festival Literatura Mundo.

De acordo com o autor, este livro retrata a história de duas irmãs que são separadas com treze anos, sendo que uma fica nas ilhas de Cabo Verde e outra vai para as roças de São Tomé.

Ao longo de cinquenta anos, vão trocando cartas e é através das cartas que o leitor vai conhecendo a vida de cada uma, explica Joaquim Arena.

“Cinquenta anos depois, a que ficou em São Tomé aparece-lhe uma oportunidade para regressar a Cabo Verde, e é na iminência do seu regresso que se faz um flash back através das historias das cartas que
elas trocam”, conta o autor.

“Esta história levou quase 20 anos. As histórias antes de escrevermos um livro já é escrita na cabeça. É um romance epistolado, porque é feito à base de cartas. O leitor vai lendo as cartas que uma escreve à outra, e a outra responde, ao longo de cinquenta anos”, especifica o autor.

A obra, vencedora do prémio Arnaldo França 2022, lançada esta sexta-feira no Sal, no âmbito do Festival Literatura-Mundo, é a primeira que o autor lança na ilha, depois de muitos trabalhos apresentados em
Portugal e na Cidade da Praia.

Referindo-se ao reconhecimento desta obra na última edição do prémio que carrega o nome de um “grande” homem das letras, escritor e poeta, Arnaldo França, Joaquim Arena adianta tratar-se da valorização de muito tempo de trabalho.

Joaquim Arena nasceu em 1964, na ilha de São Vicente, filho de pai português e mãe cabo-verdiana. Aos
seis anos, foi viver para Lisboa, onde a família se instalou. Licenciou-se em direito e dedicou-se à musica e ao jornalismo.

A “Verdade de Chindo Luz” foi o seu primeiro romance.

O escritor e jornalista cabo-verdiano é também autor de um ensaio-reportagem sobre os seus antepassados, escravos e trabalhadores livres nos campos de arroz do Vale do Sabo “Debaixo da nossa
pele” (2017).

NA/JMV
Inforpress/fim

Facebook
Twitter
  • Galeria de Fotos