Porto Inglês, 27 Dez (Inforpress) – A ilha do Maio foi escolhida para ser a primeira do país totalmente digital no país, assim como para receber o projecto-piloto para produzir água dessalinizada para ser canalizada, destinada à produção agrícola.
Durante a inauguração das praças digitais, no quadro do projecto SV4D-CV, Aldeias Sustentáveis para o Desenvolvimento, em que o acto central decorreu na vila do Barreiro, o presidente da ARME informou que iniciativa visa facultar o acesso a internet em todas localidades e vilas da ilha do Maio, através do serviço wi-fi.
Conforme explicou Isaías Barreto, com a conclusão do referido projecto em 2020, Maio vai ser a primeira ilha digital do país, e da CPLP, a ser coberta com praças digitais em todos os povoados, uma forma de combater a infoexclusão digital, possibilitando assim aos moradores o acesso a internet, através do serviço wi-fi.
Por seu lado, o representante da Associação Fraunhofer Portugal, financiadora do projecto Waldir Júnior, avançou que este projecto, tem como finalidade universalizar o acesso às tecnologias de informação e comunicação e trazer a conectividade às localidades que estão abrangidas nesta primeira fase com praças digitais.
Explicou ainda que o segundo objectivo é promover o desenvolvimento do serviço digital, que ajudará melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, onde o projecto foi implementado.
Uma outra distinção, durante o ano de 2019, foi a escolha da ilha para receber o projecto-piloto, para utilização de água dessalinizada para agricultura.
A informação foi avançada à Inforpress pelo director geral da Agricultura, Silvicultura e Pecuária, José Teixeira, que assegurou que o referido projecto vai ser implementado na localidade de Ribeira Don João, em parceria com a Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente e Câmara Municipal do Maio.
Avançou ainda que a escolha daquela localidade tem como justificativa a existência de unidade dessalinizadora, propriedade da câmara municipal, e que no quadro deste projecto vai ser equipada com painéis solares para a produção de água a baixo custo.
A produção, conforme avançou aquele governante, destina-se tanto para a produção agrícola como para a produção de pasto destinado a criadores de gado.
José Teixeira acrescentou ainda que a ilha vai ser contemplada com o projecto de formação dos produtores de queijo para se organizarem em agrupamentos de produtores de queijo, para aproveitarem o mercado turístico, tanto local como nacional, a semelhança do que vem acontecendo com os produtores das ilhas da Boa Vista e do Fogo.
Aquele responsável lembrou que a ilha foi a primeira a concluir o seu master plan no sector agro-silvo-pastoril, que vai ser implementado até de 2030, a ser executado em três fases, mas que as acções imediatas já vem sendo implementadas, enquanto as de médio e longo prazo vão ser realizadas gradualmente.
“A ilha do Maio vai conhecer grandes ganhos”, sintetizou José Teixeira.
WN/AA
Inforpress/Fim