Santa Maria, 04 Dez. (Inforpress) – A Administradora Assistente e Directora do Escritório Regional do PNUD para África, Ahunna Eziakonwa, disse ter ficado impressionada com a “profundidade das convicções” dos jovens no Sal, durante um encontro com um grupo beneficiário do projeto “Viveiro do Empreendedorismo”.
A representante do PNUD, Ahunna Eziakonwa, fez essas declarações no acto de encerramento da II edição da Conferência Económica Africana que vinha decorrendo na ilha do Sal há três dias, tendo terminado, hoje sábado.
O evento deste ano centrou-se no repensar os modelos e mecanismos de financiamento para dotar os países do continente de soluções inovadoras, nomeadamente soluções intra-africanas, para apoiar a recuperação da pandemia de covid-19 e o desenvolvimento acelerado em África.
“Há jovens incríveis aqui na ilha do Sal. Interagi com alguns deles, fiquei verdadeiramente impressionada com a ousadia e profundidade das suas convicções, não só para o desenvolvimento de Cabo Verde, mas também pela consciência do seu papel na sociedade enquanto cidadãos africanos”, comentou.
Corroborando da mesma opinião do vice-primeiro ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, que diz que são os jovens talentos que vão dinamizar o continente, já que empresários e líderes de futuros, Ahunna Eziakonwa defende de igual modo o investimento no capital humano africano.
“Hoje em dia os jovens africanos não estão presos, reféns, na sombra do complexo de inferioridade que dominou a nossa geração e as gerações de africanos. Temos que aproveitar da confiança, ousadia, da audácia e visão desses jovens que veem um continente que pode se erguer, estar lado a lado e competir com os outros no mundo”, exteriorizou.
Analisando a postura dos jovens africanos, os futuros líderes do continente, acredita que a África vai conseguir ser “bem-sucedida”, sair da desigualdade, da pobreza.
“Esta geração acredita no que é necessário para fazer a diferença. E na minha missão de vida, vou usar a minha posição e tudo o que tenho para investir nestes jovens”, garantiu perante sala cheia de várias individualidades africanas, ganhando muitas palmas.
“A África não depende só dos bancos para que se salve”, reflectiu a representante do PNUD, admitindo que a Conferência Económica Africana desafiou a “pensar profundamente” sobre qual a melhor forma de financiamento do desenvolvimento de África, no contexto pós-pandemia da covid-19.
Ahunna Eziakonwa concluiu que nesta conferência pôde-se vislumbrar os caminhos e as oportunidades que permitirão ultrapassar os desafios de África.
“Esta conferência permite-nos um trabalho que amplificará a voz africana na arena global, colocando a África numa nova posição, melhorar a perspectiva do mercado e preservar a dignidade do povo africano”, sublinhou.
SC/JMV
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