Cidade da Praia, 15 Jun (Inforpress) – O ministro da Administração Interna comunicou hoje que deram entrada um total 5.835 pedidos de 58 nacionalidades diferentes no âmbito da regularização extraordinária de estrangeiros, e que Cabo Verde já emitiu 750 títulos de residência de estrangeiros.
Paulo Rocha falava à imprensa à margem do evento realizado hoje, na Cidade da Praia, para balanço do processo de regularização extraordinária de cidadãos originários de países da CEDEAO, CPLP e demais nacionalidades que se encontravam no País em situação irregular, promovido, nos termos do decreto-lei 72/2021, de 18 de Outubro, pelo Governo, e que decorreu entre 15 de janeiro e 15 de junho de 2022.
A ocasião serviu também para entrega oficial de Títulos de Residência de Estrangeiros (TRE).
“No total foram 5.835 pedidos que deram entrada até ontem embora o prazo termine hoje, ou seja este número poderá aumentar. São emigrantes de 58 nacionalidades diferentes, mas sobretudo emigrantes da Guiné Bissau, do Senegal, fora no âmbito da CEDEAO e da Comunidade Chinesa que é uma comunidade bastante grande”, declarou o ministro.
Até esta altura, precisou o governante, foram emitidos cerca de 750 títulos TRE, sublinhando que o prazo para admissão dos documentos ainda não terminou.
A partir de agora, acrescentou Paulo Rocha, continua-se a dar vazão à análise dos processos e a emitir os documentos gradualmente, cogitando a resolução dos processos de entre dois a três meses.
“Os números satisfazem se considerarmos que conseguimos atingir 50% dos estrangeiros residentes com dados do INE. Partimos do pressuposto que os restantes 50% não estão totalmente indocumentados, nós tínhamos muita gente já documentada tínhamos uma margem grande que neste momento aponta para 50%, poderemos ter um ou outro ainda não documentado”, enfatizou o ministro.
Pediu às pessoas que ainda não estão documentadas a o fazer uma vez que, argumentou, a regulamentação é determinante para a integração no País.
Para o ministro da Administração Interna, 58 nacionalidades diferentes é “um dado importante que surpreende em certa medida”, sendo que demonstra a forma como Cabo Verde lida com os imigrantes, que “é imperceptível” até para muitas nacionalidades que escolheram Cabo Verde para viver, o que significa que as pessoas “estão bem inseridas”.
Por seu lado, Adjá Sheriff, em representação aos imigrantes que já receberam TRE, agradeceu ao Governo por esta regularização extraordinária, que “facilitou muito”, por estar “isenta de muitas burocracias”, admitindo que a partir de hoje se sente cabo-verdiana.
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